A situação foi muito negativa para toda a equipe e especialmente para Miguel Oliveira. Em um momento em que a equipe Yamaha Pramac se aproxima de decisões sobre suas próximas contratações, com Jack Miller prestes a finalizar seu contrato e Oliveira sujeito a uma cláusula de rescisão com base em seu desempenho, o Grande Prêmio da Áustria serviu como um alerta para todos, evidenciando as dificuldades atuais enfrentadas pela equipe e a disparidade em relação aos rivais. Fabio Quartararo ficou apenas na 15ª posição, enquanto os outros pilotos da equipe também não se destacaram, com o Falcão reconhecendo que teve “uma das piores corridas da carreira”, finalizando em um modesto 17º lugar. Nada saiu como esperado em Spielberg.
“Durante o warm up com o pneu médio traseiro, percebi que a corrida seria extremamente difícil. É frustrante quando não conseguimos adaptar nosso estilo de pilotagem para sermos mais rápidos ou competitivos. Para mim, foi desafiador, uma das piores corridas que já tive. Acredito que todos os quatro pilotos da Yamaha têm suas forças e fraquezas em diferentes partes da pista, mas nossas dificuldades foram bastante semelhantes. A classificação é irrelevante quanto ao resultado final, já que quando estamos em último lugar isso não importa. Não conseguimos tração ao acelerar nas saídas de curva e sentimos a falta de suporte na traseira para inclinar e curvar mais rapidamente. Um dos principais problemas com esta moto é a questão da frenagem. Estamos praticamente no limite do que esta moto pode oferecer”, disse ele após a corrida.
A semana, como era de se esperar, se tornou mais tensa com a decisão sobre a participação do jovem talento turco Toprak Razgatlioglu em 2026, levantando muitos comentários e até uma “explosão” de descontentamento por parte de Jack Miller. “Todas as opções estão em aberto, mas tenho outros caminhos. Fora deste paddock, evidentemente, no MotoGP não há vagas disponíveis. Estabeleci um prazo na minha mente, mas não revelarei qual é. Fui mais do que paciente. Se quer que eu permaneça, ótimo; se não, a vida segue. À medida que o tempo passa, sinto que talvez não queiram, com tantos nomes sendo adicionados à lista… Estava ansioso para desenvolver a moto, achava que poderia contribuir em um projeto desse porte”, declarou ao GPOne.
Oliveira também dirigiu-se abertamente à situação durante uma entrevista ao The Race: “Não me arrependo de nada que fiz, mas sinto que, se sair do paddock, vou me sentir incompleto. Acredito que minhas habilidades como piloto superam o que demonstrei até agora. Isso pode soar arrogante, mas é como me sinto. Comparando-me com outros pilotos de elite, sinto que ainda tenho muito a oferecer. Contudo, é a natureza da competição. Quando você está entre os melhores, precisa ser veloz. O que acontecerá, estarei bem. Essa é minha mensagem. Eu vou estar bem, certamente”, enfatizou.
Momentos de sua fala quase soaram como uma despedida, apesar de haver também uma ponta de esperança. O próximo desafio? O Balaton Park na Hungria, onde uma decisão cada vez mais esperada se aproxima. Objetivo? Superar o desempenho na Áustria sem aumentar excessivamente a pressão. “Estou ansioso para conhecer pessoalmente o Balaton Park. Pelo que observei nas corridas de Superbike, parece ser um circuito complicado, com muitas frenagens, curvas apertadas e mudanças de ritmo. Contudo, espero que este final de semana seja muito melhor para nós do que na Áustria”, destacou Miguel Oliveira.
Os primeiros sinais, no entanto, não foram promissores. As Yamaha melhoraram ligeiramente seu desempenho em comparação a Spielberg, com Fabio Quartararo registrando o 11º melhor tempo na sessão matinal e Jack Miller terminando em 13º. No entanto, o português ficou apenas em 18º, à frente de Álex Rins (20º), mas rodando quase 0,4 segundos mais lento que seu companheiro de equipe, enquanto Marc Márquez dominava, seguido pelas KTM de Pol Espargaró e Pedro Acosta. Em seguida, a sessão vespertina se aproximava, com a qualificação para a Q2 se mostrando difícil, ao contrário de corridas anteriores, mas com potencial de melhora.
O equilíbrio e a competitividade melhoraram durante a sessão, não apenas para Oliveira, mas também para outros pilotos da Yamaha, como Jack Miller e Álex Rins. Contudo, Miguel só se manteve próximo dos tempos mais rápidos nos primeiros momentos da sessão, depois oscilando entre a 13ª e a 18ª posições, dependendo do momento em que saia para a pista em busca de tempos melhores. O cenário finalizou-se na fase decisiva do time attack, marcado por uma queda forte de Pedro Acosta, que interrompeu várias voltas por conta da bandeira amarela. Aliás, a bandeira de xadrez foi mostrada quando Oliveira marcava seu tempo, mas não conseguiu evitar que terminasse em 18º com 1.38,072. Pedro Acosta foi o mais rápido com 1.37,061, seguido por Marc Márquez, Álex Márquez, Fermín Aldeguer, Enea Bastianini, Franco Morbidelli, Joan Mir, Pol Espargaró, Luca Marini e Fabio Quartararo, que tiveram acesso direto à Q2, excluindo nomes como Jorge Martín, Pecco Bagnaia, Marco Bezzecchi e Brad Binder, que competirão na Q1 junto com Oliveira e Jack Miller, que finalizou em 17º.
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