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Na madrugada deste domingo, a Rússia desferiu, com 810 drones e 13 mísseis balísticos, o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Em um fato inédito, um prédio governamental foi alvo do ataque. O topo e os andares superiores da sede do Governo, localizada em Kiev, sofreram danos significativos.
Jornalistas da Associated Press em Kiev relataram, logo pela manhã, a presença de fumaça emanando do edifício no centro da cidade. Posteriormente, a primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, compartilhou um vídeo mostrando a devastação interna. “As paredes poderão ser consertadas, são apenas tijolos, mas as vidas do nosso povo não podem ser recuperadas”, escreveu a líder do governo. “No ataque russo, quatro pessoas perderam a vida e 44 ficaram feridas”.
This is how the headquarters of Ukraine’s government now looks after this morning’s Russian attack. Our whole team works in this building daily. Fortunately, no one was injured. Russian barbarism will not halt the work of Ukraine’s government.
The walls will be repaired, they… pic.twitter.com/Zc8aXkAtK1
— Yulia Svyrydenko (@Svyrydenko_Y) September 7, 2025
Entre as vítimas, estão uma mulher e seu bebê de 3 meses, cujos corpos foram recuperados dos destroços, conforme informou o chefe da administração municipal de Kiev, Tymur Tkachenko, que também mencionou pelo menos outros dez locais na cidade que sofreram danos devido ao ataque.
Além de Kiev, os ataques russos impactaram outras áreas da Ucrânia, como Odessa e Zaporíjia, onde um jardim de infância foi devastado, e na cidade natal de Volodymyr Zelensky, Kryvyi Rih. A Força Aérea ucraniana informou ter neutralizado 747 drones e quatro mísseis, mas ainda assim houve registros de nove impactos e 56 ataques aéreos em 37 localidades do país, com detritos caindo em oito áreas.
O ataque foi amplamente condenado por líderes europeus. Em uma publicação nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a Rússia “está zombando da diplomacia, violando o direito internacional e matando de forma indiscriminada”, reafirmando que a Europa continuará a apoiar a Ucrânia.
Last night, Russia launched one of the largest drone and missile strikes on Ukraine, targeting government buildings and civilian homes alike.
Once again, the Kremlin is mocking diplomacy, trampling international law and killing indiscriminately.
Europe stands, and will continue…
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) September 7, 2025
“A matança precisa ter fim”, afirmou em sua mensagem, acrescentando que a Europa continuará a “fortalecer as forças armadas da Ucrânia, criando garantias de segurança sustentáveis e aumentando as sanções para intensificar a pressão sobre a Rússia”.
O presidente do Conselho Europeu também expressou sua condenação ao “projeto de paz de [Vladimir] Putin”, que, segundo António Costa, caracteriza-se por “falar de paz enquanto os bombardeios se intensificam e atingem prédios governamentais e residências civis”. “Precisamos permanecer firmes: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia com sanções adicionais, em coordenação com nossos aliados e parceiros”, complementou.
Talking about peace while escalating bombings and targeting government buildings and homes — this is Putin’s version of “peace.” Russia started this war, and Russia is choosing to continue it.
We must stay the course: strengthen Ukraine’s defences and step up pressure on Russia…
— António Costa (@eucopresident) September 7, 2025
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a Rússia está “aprofundando a lógica da guerra e do terror” e atacando de forma indiscriminada, incluindo áreas residenciais e a sede do Governo. Em relação a esses ataques sem precedentes, Macron destacou, em uma mensagem nas redes sociais, a determinação dos aliados da Ucrânia em continuar a “fazer tudo o que for necessário para assegurar uma paz justa e duradoura”.
Russia has once again rained down hundreds of drones and a dozen missiles on Ukraine overnight, striking indiscriminately — including residential areas and the seat of government.
My thoughts are with the victims, their loved ones, and with Ukraine and the Ukrainian people.…
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) September 7, 2025
O governo português manifestou “forte solidariedade com os afetados (incluindo crianças), suas famílias, e com o povo e autoridades ucranianas”. “Portugal condena o ataque mais intenso da Rússia à Ucrânia desde o início da guerra (com 810 drones e 13 mísseis), que atacou diretamente a sede do Governo”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em uma mensagem nas redes sociais.
Portugal condena o mais intenso ataque russo à Ucrânia desde o início da guerra de agressão (810 drones e 13 mísseis), que atingiu diretamente a sede do Governo. Profunda solidariedade com as vítimas (incluindo crianças), as suas famílias e com o povo e as autoridades ucranianos.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) September 7, 2025
Yulia Sviridenko, em suas redes sociais, pediu que a “indignação” se transformasse em “apoio concreto à Ucrânia”. “O mundo precisa reagir a essa destruição não apenas com palavras, mas com ações. É essencial intensificar as sanções — especialmente contra o petróleo e gás russos”, ressaltou.
Do outro lado do Atlântico, Donald Trump parece ter respondido ao apelo de Kiev. Ao ser questionado se estaria disposto a implementar “um segundo pacote” de sanções contra a economia russa, o presidente americano respondeu de forma sucinta, mas afirmativa: “Sim, estou”, afirmou.
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