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Chefe de Estado precisa ser reservado, porém competente

O aspirante à presidência António José Seguro defende que o futuro Presidente da República deve focar-se mais nas consequências das
Chefe de Estado precisa ser reservado, porém competente

O aspirante à presidência António José Seguro defende que o futuro Presidente da República deve focar-se mais nas consequências das suas propostas do que na quantidade de cobertura mediática que recebe. “Talvez o próximo Presidente da República deva valorizar mais os resultados das suas iniciativas e a inspiração que causa, em vez de se preocupar com a quantidade de reportagens que surgem sobre si nos noticiários,” comentou.

O ex-secretário-geral do PS expressou estas ideias em Peniche, na atividade Campus da Liberdade 2025, organizada pelo Instituto +Liberdade. “Acredito que o Presidente da República deve agir de forma discreta para ser mais eficiente, mas também precisa de falar na hora e lugar adequados quando for necessário se dirigir ao povo. Além disso, reconheço que o Presidente da República terá muito trabalho nos anos vindouros, um trabalho que talvez não seja tão visível,” acrescentou.

Após interagir com diversos jovens por cerca de meia hora, o candidato à presidência sustentou que um líder de Estado “deve concentrar uma parte crucial da sua atuação, discreta, em solucionar problemas de natureza estrutural que requerem mais do que medidas superficiais.”

“Esses problemas demandam soluções mais profundas, compromissos e consensos. Experimentei isso anteriormente, como quando presidi a comissão parlamentar de Educação ou liderando a reforma do Parlamento Europeu; por isso, tenho a compreensão interna da política, assim como uma formação acadêmica, que me proporciona as qualidades políticas e pessoais indispensáveis para fomentar tais compromissos e consensos,” destacou.

O socialista destacou que existe “um desafio em termos de governança e representação” na esfera política, acrescentando que até 2019 as eleições ocorram “quase de quatro em quatro anos,” e que, desde então, “a média é de um novo processo a cada ano e meio.”

“É inviável administrar um país nessas circunstâncias. Portanto, no que tange às mudanças, precisaremos ou de realizar uma reestruturação no sistema constitucional e político, ajustando algumas normas, ou de alterar a cultura política existente,” observou, enfatizando a necessidade de “desmantelar essa mentalidade de trincheira e abraçar uma cultura de compromisso em prol do país.”

“Não espero que os partidos abandonem suas convicções, ideias e propostas, que são válidas. No entanto, pergunto se, sobre questões específicas, eles não podem encontrar um terreno comum para resolver juntos,” e “fazer as transformações que são necessárias em Portugal,” declarou.

O aspirante a Belém mencionou a importância de “acordos sólidos, com políticas duradouras, que não sejam afetadas pelo capricho de um novo governo, ou mesmo por mudanças dentro do mesmo, e que não dependam de vontades pessoais ou partidárias,” pois “o país carece de um projeto claro.”

António José Seguro também afirmou que a rejeição do Orçamento do Estado não deve resultar “automaticamente em uma dissolução do Parlamento” e defendeu que “o papel do Presidente da República, especialmente em tempos de fragmentação política, deve ser o de prevenir problemas, e não apenas reagir.”

Sobre a possibilidade de dar posse a um governo que inclua o Chega, Seguro afirmou que sua “responsabilidade é seguir as normas da democracia e respeitar a vontade do povo português” e que deseja ser “um Presidente para todos os portugueses, um Presidente que promove a união.”

Quando questionado sobre a revisão da Constituição, o candidato à Presidência considerou que este não é um foco atual.


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