Na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestiniana, de manifestar, de forma velada, a intenção de “eliminar Israel”.
Em uma postagem narede social X, a conta oficial deste ministério fundamenta a acusação no fato de que Abbas foi visto usando um broche em forma de chave em sua lapela durante seu discurso por vídeo na Assembleia Geral da ONU, realizada na última segunda-feira, interpretado como um “símbolo claro de seu objetivo de eliminar Israel”.
A perigosa duplicidade de Mahmoud Abbas. Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, ele usou um broche de “chave” – um símbolo inconfundível de seu objetivo de erradicar Israel.
Enquanto o Hamas se referiu ao massacre de 7 de outubro como a “Inundação de Al-Aqsa”, Abbas almeja sua própria inundação sob a fachada de dois… pic.twitter.com/ET1hqIGDfN
— Ministério das Relações Exteriores de Israel (@IsraelMFA) 24 de setembro de 2025
O debate gira em torno do significado político desse broche em forma de chave, frequentemente utilizado por descendentes de palestinianos que deixaram suas residências durante a Guerra da Independência de Israel, que ocorreu entre 1947 e 1949. A interpretação é que essa é a “chave” para o retorno às suas origens.
Esse símbolo político representa uma discórdia histórica relacionada ao chamado “direito de retorno dos refugiados palestinianos”. Para Israel, essa ideia é vista como uma ameaça à sua existência, uma vez que o retorno de palestinianos poderia comprometer a identidade judaica e democrática do Estado, como explica oTimes of Israel.
Dessa forma, Israel há muito tempo exige que os filhos e netos dos palestinianos que abandonaram o território em decorrência das guerras de 1948 e 1967 renunciem ao seu reconhecimento como refugiados.
Em contrapartida, “já chegou o momento de os Estados árabes conferirem cidadania aos descendentes daqueles que partiram em 1948”, afirma a publicação do Ministério das Relações Exteriores de Israel. “A história é significativa: em 1948, o mundo árabe declarou guerra a Israel, resultando na expulsão de um número muito maior de judeus dos países árabes para Israel do que o número de árabes que deixaram Israel”, complementa.
Por essas razões, o governo israelita classifica a postura de Abbas como uma “duplicidade perigosa”, rotulando seu plano como a criação de “dois Estados para um povo palestiniano e a eliminação do Estado judeu”.
Vale destacar que esta não é a primeira vez que Abbas utiliza a “chave” — o mesmo veículo de comunicação israeleno menciona que o líder da Autoridade Palestiniana tem empregado este broche em quase todas as suas aparições públicas desde maio de 2023, quando a ONU comemorou os 75 anos da “Nakba”, termo utilizado pelos palestinianos para se referir à criação de Israel e à perda de suas propriedades, significando “catástrofe”.
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