A dirigente do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, assumirá o lugar da coordenadora nacional e única deputada do partido durante a campanha para as autárquicas, até que Mariana Mortágua retorne da sua viagem na flotilha internacional que se dirige a Gaza com assistência humanitária.

Em uma carta enviada aos membros do BE, à qual a Lusa teve acesso, Mariana Mortágua menciona que está acompanhando diariamente, ao lado da direção do partido, “a situação atual em Portugal”, destacando que “outros líderes têm representado o partido” na sua ausência, como o ex-líder parlamentar, Fabian Figueiredo.

“Com a chegada da campanha autárquica, essa representação será intensificada. Agradeço também à Marisa Matias, que ficará à frente das iniciativas de campanha até eu retornar”, afirmam as palavras da carta.

A coordenadora nacional do BE acredita que “diante da dor do povo palestiniano e da cumplicidade dos governos que se negam a aplicar sanções a Israel”, o seu papel como líder do BE é cumprido na flotilha a caminho da Faixa de Gaza.

Na Assembleia da República, conforme noticiado na segunda-feira, Mariana Mortágua será substituída pela dirigente bloquista Andreia Galvão.

A líder do BE sublinha que, ao aceitar participar na missão humanitária, esperava que ela se encerrasse mais rapidamente, mas “após reflexão e considerando a incerteza das condições de navegação”, pediu a sua substituição temporária no parlamento, para que o partido estivesse representado nas discussões em plenário.

Andreia Galvão faz parte da Comissão Política e da Mesa Nacional do BE.

Atriz, produtora e agente cultural, nasceu em Lisboa no ano de 2000.

Possui uma graduação em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e um mestrado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema.

A bloquista ocupou a terceira posição na lista do partido nas eleições legislativas de maio para o círculo eleitoral de Lisboa.

Uma fonte oficial do partido informou à Lusa que o segundo colocado da lista, o ex-líder parlamentar Fabian Figueiredo, não assumirá o mandato devido a “impedimentos profissionais”.