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Os governos da Espanha e da Itália informaram sobre o envio de embarcações militares de seus respectivos países para apoiar a Flotilha Global Sumud, um conjunto de navios que se dirige à Faixa de Gaza com ajuda humanitária e que foi atacado na noite passada perto da Grécia.
O Primeiro-Ministro espanhol, Pedro Sánchez, fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa em Nova Iorque, durante a Assembleia Geral da ONU, conforme reportado pelo jornal espanhol El País.
“Amanhã [quinta-feira] um navio de ação marítima partirá de Cartagena, equipado com todos os recursos necessários para auxiliar a frota e realizar operações de resgate”, destacou Sánchez.
“O governo espanhol reivindica o cumprimento do direito internacional e o direito dos nossos cidadãos a navegar no Mediterrâneo em segurança”, afirmou o líder espanhol durante a coletiva.
El Gobierno de España exige que se cumpla la ley internacional y que se respete el derecho de sus ciudadanos a navegar por el Mediterráneo en condiciones de seguridad.
Mañana mismo zarpará desde Cartagena un buque de acción marítima equipado con todos los medios por si fuese… pic.twitter.com/FRR6FNMRBV
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 24 de septiembre de 2025
Fontes da Marinha, conforme relatado pelo El País, enfatizaram que a missão do navio espanhol será de apoio à flotilha “se necessário” e não de escolta militar no sentido estrito.
O El País também revelou que o navio a ser enviado é o Furor, uma embarcação de patrulhamento marítimo equipada com um canhão de 76 mm e duas metralhadoras, além de um helicóptero e um drone. A bordo, estarão 50 marinheiros e oito membros de uma equipe médica.
Seguindo uma missão similar ao navio Furor, a fragata italiana Fasan partirá, conforme decisão do Ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, na manhã de quarta-feira, devido à presença de cidadãos italianos a bordo da flotilha atacada durante a noite.
Em um comunicado divulgado no site do Ministério da Defesa, Crosetto expressou sua “mais firme condenação” ao ataque contra os barcos da flotilha. “Em uma democracia, as manifestações e formas de protesto devem ser protegidas quando realizadas em conformidade com as normas do direito internacional e sem recorrer à violência”, ressaltou.
A fragata Fasan, segundo o ministro, dirigiu-se para a costa ao norte da ilha de Creta logo após a noite de terça para quarta-feira, tendo zarpado às 03h50 (hora local, 02h50 em Portugal Continental). O navio permanecerá na área do Mediterrâneo para participar de “possíveis operações de resgate”.
A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, utilizou a rede social X para solicitar que o governo português siga o exemplo da Espanha e da Itália e tome uma iniciativa para proteger a flotilha.
“Itália e Espanha vão proteger a Flotilha Humanitária. Portugal tem a mesma responsabilidade. Há um barco com bandeira portuguesa e cidadãos nacionais a bordo”, escreveu a deputada na sua postagem.
“A ameaça de Israel, como todos sabemos, é real. E o governo português deve agir dentro dos parâmetros do direito internacional e humanitário”, acrescentou a eurodeputada, que também é candidata às eleições presidenciais de 2026.
Itália e Espanha vão proteger a Flotilha Humanitária. Portugal tem a mesma obrigação. Há um barco com bandeira portuguesa e cidadãos nacionais a bordo. A ameaça de Israel, sabemos todos, é real. E o governo português tem de agir no quadro do direito internacional e humanitário.
— Catarina Martins (@catarina_mart) 24 de setembro de 2025
Embora a Itália ofereça assistência, a posição da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, foi de crítica à flotilha Sumud, descrevendo-a como “gratuita, perigosa e irresponsável” e afirmando que “não se deve colocar em risco a segurança pessoal” para entregar ajuda humanitária, além de condenar os ataques a cidadãos italianos.
Meloni diz que flotilha é ação “gratuita e perigosa” mas condena ataques com drones
“Não é necessário entrar em um teatro de guerra para fornecer ajuda a Gaza, que o governo italiano e as autoridades competentes poderiam ter enviado rapidamente”, acrescentou a chefe do governo à imprensa italiana em Nova Iorque, pouco antes de sua fala na Assembleia Geral da ONU.
Meloni fez um apelo “à responsabilidade de todos, especialmente dos parlamentares italianos” – quatro deputados italianos estão a bordo da flotilha.
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