
Recentemente, uma pesquisa revelou que 70% dos entrevistados se identificam como católicos, demonstrando um forte desejo de expressar suas convicções.
No seu livro Reflexões sobre a Revolução Francesa, Burke sustenta que “o ser humano é, por natureza, um ser religioso; o ateísmo é incompatível, não apenas com a nossa razão, mas também com nossos instintos, e não pode subsistir por muito tempo.”
É provável que, em tempos de crise de valores e crenças, as pessoas sintam a necessidade de reafirmar suas convicções mais arraigadas.
Diante de um país onde a maioria da população se declara cristã, por que temos receio de afirmar que são os valores cristãos que deveriam guiar a nossa sociedade?
De fato, nas vidas das famílias, aqueles que se declararam cristãos neste referendo estão claramente convencidos de que devemos praticar o bem e evitar o mal.
Estão todos cientes de que devemos agir com justiça e verdade, respeitando os outros e suas liberdades.
Acreditam que a propriedade privada é um direito, mas que seu uso deve estar direcionado ao benefício da coletividade.
Desejam que seus filhos tenham as mesmas oportunidades que estão dispostos a oferecer aos outros.
Acreditam também que a liberdade é um valor essencial e que a liberdade de um indivíduo termina quando afeta a liberdade de outro.
Estão alinhados com a ideia de que devemos ser completamente liberais na criação de riqueza e sociais na sua distribuição.
Creem que todo ser humano tem como objetivo a felicidade e que todos devemos apoiar os outros em sua busca por ela.
Acreditam no direito ao desenvolvimento individual através da educação, do trabalho, da cultura e da interação social.
Esperam que aqueles que detêm qualquer forma de poder o exerçam com respeito por todos os que estão sob sua autoridade.
Além disso, acreditam que a responsabilidade de proteger os mais vulneráveis é inegociável.
Tudo isso fundamenta-se na individualidade de cada pessoa como o elemento central da vida em sociedade, com a firme crença de que a sociedade deve servir o indivíduo, e nunca o contrário.
É uma definição clara de sociedade que encontramos nesta coletânea de ideias.
Uma sociedade justa, verdadeira e livre, que se baseia na subsidiariedade, solidariedade e na busca pelo bem comum, promovendo a participação de todos nas decisões que os afetam, sempre guiada por um espírito de caridade que nos impele a amar o próximo.
Se é isso que acreditamos, pelo menos 70% dos nossos compatriotas, por que deveríamos ter receio de expressá-lo publicamente e por que permitimos que os influenciadores de opinião nos façam acreditar que isso pode ser retrógrado, incorreto ou mesquinho?
Por que não nos unimos e afirmamos de maneira vigorosa que esta é a sociedade que desejamos, e que estamos prontos para lutar por essas convicções?
Acredito que uma sociedade fundamentada em valores e princípios cristãos é a que melhor pode atender a todos os portugueses, e percebo que muitos compartilham dessa visão.
Por isso, creio que é hora de pôr fim à narrativa socialista que submete o ser humano à sociedade e que permite que uma minoria no poder se utilize dessa sociedade sem qualquer escrúpulo ou vergonha de contrariar o bem comum.
É chegado o momento de dizer basta à falsidade e de retomar a coragem de amar o próximo, construindo uma sociedade pautada pelo bem comum, pela verdade, liberdade e justiça que merecemos.
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