
A montadora Stellantis, que detém marcas como Fiat, Citroën e Peugeot, eliminou mais de 9.600 postos de trabalho na Itália em um período de quatro anos, reduzindo seu quadro de funcionários de 37.288 para 27.632, em uma situação que foi descrita como uma “evasão” do país, segundo informações de fontes sindicais.
De acordo com Michele De Palma, secretário-geral da Federação Italiana dos Trabalhadores Metalúrgicos (FIOM), a grande empresa automotiva registrou uma perda de 9.656 empregados entre 2020 e 2024, principalmente devido a saídas voluntárias e acordos sindicais que incluíram aposentadorias antecipadas e demissões incentivadas, os quais a FIOM não endossou.
“Os números refletem a saída da Stellantis do nosso território. Esses dados são indicativos de um fracasso”, declarou Michele De Palma na apresentação do estudo intitulado “Stellantis: A Grande Evasão”.
No intervalo de 20 anos, de 2004 a 2024, a produção também sofreu uma queda, com a fabricação de 520.798 veículos a menos na Itália, conforme relatórios divulgados pelo sindicato.
Os cortes de pessoal declarados somaram 3.700 em 2024 e 2.352 em 2025, resultando em um custo total de reestruturação que atinge 777 milhões de euros.
O secretário-geral da FIOM enfatizou a necessidade de investir no fortalecimento da indústria automotiva na Itália, além de implementar políticas industriais que deem suporte a essa indústria.
“Nosso objetivo é revitalizar a empresa e o emprego, e isso só será possível através de investimentos”, defendeu, instando o governo de Giorgia Meloni a entrar no “debate sobre a indústria automóvel”.
“Caso as questões não sejam abordadas, sugeriremos uma mobilização. A outros sindicatos e a todos os trabalhadores”, finalizou De Palma.
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