
O Papa Leão XIV encontrou-se com representantes da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, antes da divulgação do relatório anual sobre a Liberdade Religiosa no Mundo.
Cidade do Vaticano, 10 de outubro de 2025 (Ecclesia) – Durante uma audiência no Vaticano, o Papa Leão XIV expressou que “o direito à liberdade religiosa não é opcional, mas fundamental”.
“Fundamentada na dignidade humana, que é imagem de Deus dotada de razão e livre arbítrio, a liberdade religiosa permite que pessoas e comunidades busquem a verdade, a vivam com liberdade e a testifiquem publicamente”, declarou o pontífice em seu pronunciamento disponibilizado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Leão XIV enfatizou que a liberdade religiosa é “uma base indispensável para qualquer sociedade justa, pois resguarda o espaço ético no qual a consciência pode ser cultivada e exercida”.
<p“A liberdade religiosa, portanto, não é apenas um direito legal ou um privilégio outorgado pelos governos; é uma condição essencial que possibilita a verdadeira reconciliação”, ressaltou.
De acordo com o Papa, quando essa “liberdade é negada, o ser humano é privado da capacidade de responder genuinamente ao chamado da verdade”.
“O resultado disso é um gradual desmoronamento das relações éticas e espirituais que sustentam as comunidades; a confiança se transforma em medo, a suspeita substitui o diálogo, e a opressão gera violência”, complementou.
Durante a reunião com a delegação da FAIS, o Papa destacou que “por esta razão, a Igreja Católica sempre defendeu a liberdade religiosa para todos”, recordando a declaração ‘Dignitatis humanae’ do Concílio Vaticano II, que afirmou que esse direito deve ser reconhecido na estrutura legal e institucional de cada país.
“Assim, a defesa da liberdade religiosa não pode ficar no plano teórico; deve ser praticada, defendida e promovida na vida diária dos indivíduos e das comunidades”, apontou.
A audiência desta manhã antecede o lançamento do relatório anual da entidade sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, previsto para o dia 21 de outubro, documento que o Papa acredita ser um “poderoso instrumento de conscientização”.
“Esse relatório vai além de fornecer dados; ele testemunha, dá voz àqueles que são silenciados e revela o sofrimento oculto de muitos recursos”, destacou.

O Papa sublinhou que o trabalho da fundação pontifícia “também abrange o suporte à missão da Igreja ao redor do planeta, alcançando comunidades frequentemente isoladas, marginalizadas ou sob pressão”.
“Sempre que a Ajuda à Igreja que Sofre reconstrói uma capela, apoia uma missionária ou fornece uma emissora de rádio ou um veículo, vocês impulsionam a vida da Igreja, bem como a estrutura espiritual e moral da sociedade”, explicou.
“E, como vocês sabem, sua organização assistiu muitas das missões no Peru, inclusive na Diocese de Chiclayo, onde tive o privilégio de atuar”, recordou.
Leão XIV ressaltou ainda que a AIS “apoia os cristãos, mesmo aqueles que são pequenas e vulneráveis minorias, para que sejam ‘pacificadores’ em suas terras de origem”.
Agradeço a cada um de vocês por este ato de solidariedade. Não desistam de praticar o bem, pois seu trabalho influencia inúmeras vidas e glorifica nosso Pai que está nos céus”, concluiu.
A Fundação AIS, criada em 1947 em resposta aos sofrimentos causados pela Segunda Guerra Mundial, presta auxílio a cristãos que vivenciam perseguições, ameaças ou carências, estando presente em mais de 140 países.
LJ/OC
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