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Entre a Lembrança e o Amanhã: Mensagem ao Imigrante

Atualmente, a chegada de imigrantes é muitas vezes vista através de estatísticas: “Vêm reforçar a Segurança Social”, afirmam. Como se
Entre a Lembrança e o Amanhã: Mensagem ao Imigrante

Atualmente, a chegada de imigrantes é muitas vezes vista através de estatísticas: “Vêm reforçar a Segurança Social”, afirmam.

Como se a dignidade humana pudesse ser reduzida a uma simples fórmula demográfica. No entanto, a realidade é muito mais complexa e profunda.

Caro Imigrante, que chegaste por via aérea, marítima ou rodoviária, com esperança no olhar e promessas no bolso: és bem-vindo. Mas antes de te estabeleceres, ouve a narrativa do país que agora te recebe.

Portugal não surgiu de um dia para o outro. Foi edificado por gerações que permaneceram. Pessoas que ficaram, que estudaram, que trabalharam e que resistiram. Que enfrentaram regimes autoritários, revoluções sociais e econômicas, que lutaram por direitos, liberdade e dignidade.

Na década de 60, milhares de portugueses partiram, não por vontade própria, mas por necessidade, fugindo da guerra, da fome e da opressão. Foram trabalhar em fábricas, minas e campos, longe das suas famílias, longe da sua terra. Enquanto uns partiam, outros permaneciam. E essa dualidade, os que emigraram e os que ficaram, foi o que manteve Portugal de pé.

O 25 de Abril de 1974 não representou apenas uma mudança de regime, foi uma conquista coletiva.

Em 1975, 500 mil portugueses regressaram, não deixamos ninguém para trás.

Foi o início de um projeto de nação onde todos pudessem ter voz, educação, saúde, emprego e futuro.

Essas conquistas não surgiram do nada. Foram conquistadas à força da história por aqueles que acreditaram que Portugal poderia ser mais justo e próspero.

E mesmo quando, anos depois, a Troika entrou em cena, impondo medidas de austeridade, reduzindo salários, pensões e sonhos, houveram aqueles que permaneceram. Houveram resistentes, aqueles que reergueram o país, que não se deixaram abater.

Hoje, tu chegas. E se vieres com o desejo de somar, de respeitar e contribuir, serás acolhido de braços abertos. Mas é justo que tenhas em mente: estás a usufruir de um País que foi edificado com trabalho árduo, sacrifício e esperança. Não é apenas um espaço, é uma memória viva.

O País que te recebe, a Segurança Social que te integra, a Escola que ensina os teus filhos, o Hospital que cuida de ti, tudo isso é o resultado de décadas de esforço e luta. Não pedimos uma gratidão cega, mas uma consciência clara. Porque apenas com respeito mútuo se constrói uma verdadeira comunidade.

Portugal é feito de encontros. Que o teu seja um encontro pleno e justo.

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