
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, iniciou neste sábado uma iniciativa “contra as estratégias bélicas de Bruxelas”, buscando a adesão dos cidadãos e acusando a oposição de respaldar a militarização contra a Rússia.
“Hoje damos início a uma coleta de assinaturas contra os projetos de guerra de Bruxelas. Estaremos em todas as localidades, pois precisamos do apoio de todos os húngaros que prezam pela paz”, declarou Orbán na plataforma Facebook, conforme reportado pela agência EFE da Espanha.
O líder húngaro, conhecido por suas posturas ultranacionalistas, acrescentou que espera um “outono agitado”, argumentando que “a Europa avança em direção ao conflito de forma cada vez mais frenética”, algo que, segundo ele, faz parte do suposto plano dos líderes europeus apresentado na recente cúpula da União Europeia (UE) em Copenhaga.
De acordo com Orbán, a proposta inclui “entrar em guerra contra a Rússia” e dirigir “todos os recursos e financeiros à Ucrânia”.
O chefe do governo húngaro é visto como o líder europeu mais alinhado a Moscovo e, desde o início da invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022, tem evitado oferecer apoio militar a Kiev.
Orbán é abertamente contra a adesão da Ucrânia à UE e à NATO, tendo afirmado repetidamente que a inclusão do país vizinho implicaria que Kiev receberia todo o suporte financeiro “equivalente ao da Hungria”.
“É preciso deixar claro, não enviamos soldados nem recursos para essa guerra”, assegurou o primeiro-ministro no mercado do bairro Pesterzsébet, em Budapeste, onde lançou a campanha neste sábado.
Até o momento, não há informações sobre o destino das assinaturas coletadas e como serão utilizadas pelo governo.
Orbán acusou a oposição e especialmente seu principal opositor, Peter Magyar, de apoiadores “dos projetos bélicos de Bruxelas”.
As próximas eleições legislativas na Hungria estão previstas para a primavera de 2026, e embora a campanha eleitoral oficial comece no início do ano, na prática, já teve início.
Orbán busca a reeleição e enfrentará o líder opositor, o conservador Magyar, que lidera nas pesquisas de intenção de voto.
Conforme a mais recente pesquisa do Instituto Republikon, o partido de Magyar, o Tisza, goza de um apoio de 43% entre os eleitores, superando o Fidesz, de Orbán, que conta com 35% nas intenções de voto.
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