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Bloco de Esquerda elege hoje novo chefe sob proposta de Mariana Mortágua

O Bloco de Esquerda realiza este domingo, em Coimbra, um plenário nacional crucial que determinará quem será o próximo coordenador
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O Bloco de Esquerda realiza este domingo, em Coimbra, um plenário nacional crucial que determinará quem será o próximo coordenador ou coordenadora do partido. Este encontro é organizado por apoiantes da moção A — conduzida por Mariana Mortágua — e marcará a escolha do substituto da líder bloquista, que recentemente anunciou sua saída da liderança e do Parlamento.

Jorge Costa, integrante da Mesa Nacional e da Comissão Política do BE, afirmou ao Expresso que “do plenário sairá uma indicação da moção A para a Convenção Nacional”. Contudo, o dirigente optou por não antecipar nomes, enfatizando a necessidade de “respeitar o tempo adequado do plenário e o debate entre os militantes”.

De acordo com o bloquista, “existem perfis variados, de diferentes gerações e trajetórias políticas, cada um com suas particularidades, e é sobre isso que vamos deliberar”. O intuito, revelou, é encontrar quem possua “as melhores condições” para guiar o partido “em um momento complicado, marcado por consecutivos resultados eleitorais desfavoráveis”.

Um dos possíveis candidatos é José Manuel Pureza, ex-líder parlamentar e aspirante nas últimas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Coimbra, onde não conseguiu ser eleito vereador. O fato de o plenário nacional acontecer em Coimbra alimenta especulações sobre sua candidatura, mas Jorge Costa minimizou essa coincidência: “Coimbra foi escolhida por estar geograficamente central, já estava definido há bastante tempo que o encontro ocorreria lá.”

Pura, em declarações à Agência Lusa, não rejeitou a ideia de se candidatar à liderança, mas alertou que “todas as possibilidades são precipitadas” antes de uma decisão formal da moção A. Outro nome que pode surgir na disputa é o de José Soeiro, ex-deputado que recentemente voltou a lecionar na Universidade do Porto.

Por outro lado, tudo indica que Fabian Figueiredo, também ex-líder parlamentar, não estará entre as opções para a coordenação. Jorge Costa considerou que “sempre há benefícios em diversificar as figuras que representam o partido” e que a pluralidade “é positiva para uma organização como o Bloco”. Figueiredo deverá, no entanto, retornar ao Parlamento no final de novembro, a menos que justifique motivos profissionais — situação que abriria espaço para a volta de Andreia Galvão à Assembleia da República.

Além da liderança, o plenário de Coimbra também servirá para eleger novos membros da Mesa Nacional e da Comissão Política. Jorge Costa adiantou que a intenção é promover “uma renovação nas atuais lideranças”, reconhecendo que “o Bloco atravessa um momento difícil e precisa refletir sobre quais caminhos tomar em meio a uma crise mais ampla à esquerda”.

O dirigente sustentou que o partido deve “enfrentar esta fase com novas ideias, novas figuras e uma nova energia”, salientando que a renovação também responde a críticas internas que acusam a atual direção de “sectarismo” e de restringir decisões a personalidades mais visíveis.

Os nomes sugeridos pela moção A — tanto para a liderança quanto para os órgãos internos — serão submetidos a votação na Convenção Nacional programada para os dias 29 e 30 de novembro. Considerando o peso expressivo da moção A dentro do partido, a vitória dessa corrente é praticamente garantida, embora os órgãos internos possam incluir representantes das outras quatro moções, caso estas consigam votos suficientes.

Mariana Mortágua já confirmou que continuará na vida política e no Bloco, mesmo após deixar a liderança e a função de deputada. Jorge Costa reafirmou que “a Mariana possui total autonomia sobre seu papel dentro do Bloco” e ressaltou que “a esquerda portuguesa conta com ela como uma de suas melhores referências”.

A líder, que marcou a trajetória interna do partido com um discurso focado na justiça social e na luta contra as desigualdades, se prepara para a transição a uma nova fase de sua carreira política. Assim, o domingo de plenário em Coimbra deve, portanto, simbolizar não apenas a escolha do novo rosto do Bloco, mas também o início de um novo ciclo político dentro do partido.

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