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Na quarta-feira, o Partido Socialista criticou o governo do PSD/CDS por promover uma política hostil aos imigrantes, na expectativa de conquistar eleitores do Chega, utilizando a questão imigratória como ferramenta de propaganda eleitoral.
O Governo, ao “achar que adotar as bandeiras do Chega”, especialmente no que diz respeito à imigração, “impedirá o crescimento do Chega, demonstra que não leu nada sobre o que ocorreu em outros locais do mundo”, declarou o deputado socialista Pedro Delgado Alves, durante uma entrevista à Lusa, em comemoração pelos dois anos da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
O executivo “validará a narrativa dos adversários, reafirmando suas opiniões e dizendo que sim, é verdade”, na tentativa de que os cidadãos votem nele e “não naqueles cujas opiniões reafirma constantemente.”
Paralelamente, a administração promove uma “guerra de dados” e obstrui a “publicação de relatórios regulares” que permitirão “distinguir os processos pendentes dos casos específicos”, acrescentou.
O propósito original da AIMA, que era diferenciar as questões administrativas das criminais, “não era simples”, mas as políticas do governo atual tornaram isso mais complexo, ao “associar a migração a uma rigidez inexistente”, buscando “sacrificar os imigrantes em uma estratégia de comunicação para não perder votos a favor da extrema-direita”.
Assim, a AIMA acaba servindo para “sustentar uma narrativa na qual a questão migratória é apresentada como o principal desafio do país”.
Um exemplo do uso da propaganda e comunicação a favor da política foi, segundo as acusações, a estimativa do governo sobre o número de casos pendentes no início da AIMA, que era de 400 mil.
“Depois percebe-se que esses números não correspondiam a 400 mil indivíduos” e que “havia muitas duplicações”, considerando “pedidos pendentes simultaneamente” e casos de “indivíduos que já não estavam em território nacional”, enfatizou Pedro Delgado Alves.
Por outro lado, o deputado do PSD António Rodrigues minimizou essa crítica, ressaltando que tais situações “eram excecionais” e havia uma “imensa quantidade de processos para uma estrutura administrativa”, o que gerava uma “pressão imensa” sobre os serviços.
No entanto, para Delgado Alves, nesta quarta-feira, “a realidade está mais crítica do que antes, por mais que o governo afirme ter reduzido significativamente o número de casos pendentes”.
“Apesar desse discurso, as filas constantes à frente da AIMA evidenciam que a política falhou”, destacou o deputado, acusando o governo de acusar o PS de orquestrar uma “estratégia de reengenharia demográfica” ao permitir a entrada de imigrantes, “algo comum nos discursos da extrema-direita”.
“Parece que apenas em Portugal existem fluxos migratórios, como se fosse só aqui que há a necessidade de mão-de-obra estrangeira para promover o crescimento econômico”, comentou Delgado Alves.
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