Os dois indivíduos de origem espanhola, que foram identificados esta terça-feira por alegadas ligações a uma embarcação que foi descoberta queimada após uma colisão com a embarcação da GNR, resultando na morte de um membro dessa força, já foram soltos, segundo apurou o Observador. Os referidos indivíduos foram constituídos como arguidos em um outro inquérito, mas não possuem conexão com a lancha envolvida na colisão que foi posteriormente encontrada em chamas.

Os suspeitos foram interceptados pela GNR enquanto se deslocavam de carro por uma ponte sobre o Guadiana, a caminho de Espanha, e transportavam somas consideráveis de dinheiro. Não foram fornecidos detalhes sobre quais outros elementos a GNR apresentou para justificar a suposta associação com a lancha, mas conforme informações do Observador, essa hipótese não se confirmou após os interrogatórios realizados pelos investigadores da Polícia Judiciária.

Nessa mesma terça-feira, a Polícia Judiciária, que assumiu a responsabilidade pela apuração de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, confirmou que dois suspeitos estavam sendo questionados para elucidar os acontecimentos e decidir se seriam levados à autoridade judicial. Contudo, algumas horas depois, eles foram soltos, embora, segundo o Observador, tenham sido considerados arguidos por outros delitos em um inquérito distinto.

A colisão entre a lancha utilizada para tráfico de drogas e a embarcação da GNR ocorreu no rio Guadiana, em Alcoutim, na região de Faro, bem próximo da fronteira com Espanha.

Após a identificação de atividades suspeitas e da presença de uma lancha na área, foi enviada uma patrulha do Controlo Costeiro de Olhão, que tentou abordar os suspeitos. Foi nesse momento que a embarcação da GNR foi colidida. Um dos militares faleceu e três sofreram ferimentos: um com fratura no braço e dois com escoriações.