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Lusitanos na Alemanha receiam queda no padrão de vida nos anos seguintes

Uma pesquisa realizada pela Associação de Graduados Portugueses na Alemanha (ASPPA), que será apresentada hoje, mostra uma crescente inquietação em
Lusitanos na Alemanha receiam queda no padrão de vida nos anos seguintes

Uma pesquisa realizada pela Associação de Graduados Portugueses na Alemanha (ASPPA), que será apresentada hoje, mostra uma crescente inquietação em relação ao cenário político, que pode afetar a qualidade de vida e intensificar a percepção sobre os emigrantes.

No levantamento, 59% dos participantes indicaram ter notado uma piora na maneira como os emigrantes são tratados ou percebidos na sociedade alemã nos últimos anos.

Esse percentual diminui ao serem questionados sobre discriminação no ambiente profissional relacionada à sua nacionalidade. Entre os entrevistados, 67% afirmam nunca ter experienciado discriminação, 22% relatam que sim, e 11% mencionam que não foram alvos diretos, mas já presenciaram casos.

Cerca de 200 portugueses residentes na Alemanha responderam ao questionário. Para alcançar a comunidade, a ASPPA utilizou redes sociais, publicando em mais de 20 grupos no Facebook e LinkedIn. Além de boletins informativos e apoio dos consulados, foram enviadas comunicações a mais de 50 associações disseminadas pelo país.

A maioria dos participantes reside na Alemanha há mais de sete anos e possui formação superior. Destes, 47,3% afirmam sentir-se bem acolhidos pela população local, 26,6% muito bem acolhidos, enquanto 7,7% confessam não se sentirem bem recebidos.

Quando inquiridos sobre a conexão com a comunidade portuguesa na Alemanha, 36% dos entrevistados disseram não ter nenhum vínculo, 27% afirmaram não conhecer uma comunidade ativa na região onde residem, e 37% revelaram sentir-se ligados à comunidade portuguesa.

Além dos serviços consulares, 60% dos portugueses que moram na Alemanha admitiram não utilizar outras instituições ou associações.

Em relação às melhorias necessárias para apoiar os emigrantes, os participantes destacaram a importância dos serviços consulares, a carência de apoio para integração e as deficiências no ensino da língua portuguesa.

A queda na qualidade de vida e na oferta de emprego são as duas principais preocupações expressas pelos portugueses que participaram deste levantamento.

A ASPPA irá divulgar hoje os resultados durante o Portal, o encontro anual da associação, que neste ano será realizado em um formato híbrido, com participação presencial em Dusseldorf e online através da plataforma Zoom.

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