
O líder russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mantiveram uma conversa telefônica neste sábado sobre a situação no Oriente Médio, abordando o cessar-fogo na Faixa de Gaza, além dos desenvolvimentos no Irã e na Síria.
Segundo um comunicado do Kremlin, os dois mandatários “discutiram a situação no Oriente Médio, com foco nas circunstâncias na Faixa de Gaza no contexto do cessar-fogo e do acordo de troca de prisioneiros”.
O Kremlin também mencionou que a conversa incluiu “a questão do programa nuclear iraniano e outros assuntos relacionados à promoção de maior estabilidade na Síria”.
O gabinete de Netanyahu confirmou a ligação e destacou que ela foi “iniciativa do Presidente Putin”, dando continuidade a “uma série de diálogos recentes” sobre questões da região.
Esta é a segunda conversa telefônica entre os dois desde o início de outubro, quando Putin reiterou a Netanyahu o apoio do Kremlin a uma solução para o conflito israelense-palestiniano que reconheça o Estado da Palestina.
Os dois líderes enfrentam mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade, sendo que no caso de Putin isso se relaciona com a invasão da Ucrânia, e no de Netanyahu, com a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Após dois anos de conflito, o enclave palestino observa um cessar-fogo que está em vigor desde 10 de outubro, abrangendo trocas de reféns e prisioneiros com o Hamas, a retirada parcial do exército israelense da área e um aumento da ajuda humanitária.
Uma segunda fase do plano promovido pelos Estados Unidos, que ainda aguarda acordo, planeja a continuação da retirada de Israel, a desmilitarização do Hamas, discussões sobre a governança da região e a criação de uma força internacional a ser destacada para o enclave.
Além do conflito na Faixa de Gaza, Israel se lançou em outras operações militares nos últimos dois anos, incluindo bombardeios de instalações nucleares iranianas e ataques aéreos a grupos apoiados pela República Islâmica em países vizinhos, como o Hezbollah no Líbano e os Huthis no Iémen.
No que diz respeito à Síria, o regime de Bashar al-Assad, aliado de Moscovo e Teerão, foi deposto em dezembro do ano passado por uma coalizão rebelde com orientações jihadistas, e Israel manteve desde então posições militares no sul do país, assim como no Líbano.
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