
Hoje é o último dia para que os interessados se pronunciem no processo de privatização parcial da TAP, que inclui a venda de até 44,9% das ações da companhia aérea, com 5% reservados para os colaboradores, conforme determinado pela legislação de privatizações. A Parpública, entidade responsável pela gestão das participações do Estado, ficará encarregada de coletar as manifestações de interesse e elaborar um relatório que identifique os possíveis investidores.
Na sexta-feira, um dia antes do término do prazo, o International Airlines Group (IAG), proprietário da British Airways e da Iberia, anunciou que apresentou sua declaração de interesse no processo. “O IAG confirma que enviou uma declaração de interesse à Parpública no âmbito do processo de privatização parcial da TAP. Contudo, é preciso esclarecer diversas questões antes que o IAG possa fazer uma proposta de investimento”, declarou uma fonte oficial do grupo.
A Lufthansa também formalizou sua manifestação de interesse dois dias antes do encerramento do prazo, enquanto a Air France-KLM enviou sua proposta ainda mais cedo, na terça-feira, 19 de novembro. Com essas três declarações, o processo de privatização da TAP já conta com o interesse de três grandes grupos internacionais, todos sujeitos à análise pela Parpública.
Próximas etapas do processo
Após o fechamento do prazo, a Parpública terá um período de 20 dias, até 12 de dezembro, para apresentar ao Governo um relatório detalhado sobre os interessados e avaliar o atendimento aos requisitos de participação, que incluem receitas superiores a 5 bilhões de euros em pelo menos um dos três anos anteriores e experiência comprovada no setor aéreo.
Durante esse mesmo período, os interessados que atenderem os critérios serão convidados a submeter propostas não vinculativas. Esta fase subsequente, que será realizada em quatro etapas, exigirá que os investidores indiquem, entre outros aspectos, o preço proposto para a compra das ações e a maneira como pretendem financiar a operação.
O caderno de encargos da TAP ainda determina que a avaliação das propostas levará em conta o aumento da frota, os investimentos em manutenção e engenharia, a aposta em combustíveis sustentáveis, o respeito aos compromissos trabalhistas e a visão estratégica em relação à futura posição acionista.
A privatização da TAP não se limita apenas à companhia aérea, abrangendo também outras unidades do grupo, como a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a Cateringpor e a SPdH (ex-Groundforce). O Governo estima que todo o processo dure cerca de um ano, embora o cronograma final dependa de autorizações regulatórias e da avaliação das propostas pelos órgãos competentes.
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