
Pesquisadores nas laboratórios de Rajib Saha e Nirupam Aich descobriram que uma bactéria fotossintética amplamente encontrada, a Rhodopseudomonas palustris, pode interagir com o ácido perfluorooctanoico (PFOA), um membro altamente resistente da família de PFAS. O estudo, publicado na revista Environmental Science: Advances, relata que a bactéria absorve o PFOA em sua membrana celular — um comportamento que varia ao longo do tempo.
Essa descoberta oferece uma visão inicial de como microrganismos naturais podem eventualmente ser orientados ou engenheirados para ajudar na redução da poluição por PFAS, apoiando assim os esforços para proteger a qualidade da água e a saúde pública.
Experimentos Preliminares Revelam Promessas e Limitações
Durante testes controlados em laboratório, os pesquisadores observaram que a R. palustris removia cerca de 44% do PFOA de seu ambiente em 20 dias. Grande parte desse composto absorvido foi posteriormente liberada de volta para o meio, provavelmente devido à desintegração das células — um resultado que destaca tanto a utilidade quanto os desafios de depender de microrganismos vivos para capturar ou modificar PFAS.
“Embora a R. palustris não tenha degradado completamente o composto, nossas descobertas sugerem um mecanismo em etapas, onde a bactéria pode inicialmente prender o PFOA em suas membranas”, disse Saha, Professor Associado Richard L. e Carol S. McNeel. “Isso nos oferece uma base para explorar futuras intervenções em biologia genética ou de sistemas que poderiam melhorar a retenção ou até permitir a biotransformação.”
A Expertise Colaborativa Fortalece a Pesquisa
O laboratório de Aich forneceu capacidades especializadas de detecção de PFAS, permitindo à equipe acompanhar mudanças nos níveis de PFOA com alta precisão. Ao mesmo tempo, o grupo de Saha realizou os experimentos biológicos e estudou como a bactéria respondia a diferentes concentrações de PFAS.
“Esse tipo de colaboração é exatamente o que precisamos para enfrentar desafios ambientais complexos”, afirmou Aich, Professor Associado Richard L. McNeel. “Ao unir microbiologia, engenharia química e ciências analíticas ambientais, estamos obtendo uma visão mais completa de como abordar a poluição por PFAS utilizando ferramentas biológicas.”
Rumo a Abordagens Microbianas Escaláveis para a Limpeza de PFAS
Os compostos de PFAS continuam sendo uma preocupação global, pois persistem no solo e na água por longos períodos. Tratamentos existentes podem ser dispendiosos e exigem um consumo energético significativo. Estratégias microbianas podem oferecer um caminho mais adaptável e menos intensivo em recursos — embora um desenvolvimento científico substancial ainda seja necessário.
As descobertas deste projeto apontam nessa direção, e as equipes de pesquisa já estão planejando estudos adicionais focados em engenharia microbiana e biologia sintética para melhorar as futuras capacidades de degradação.
Financiamento e Acesso aos Resultados
Esse esforço colaborativo foi apoiado pelo Prêmio Layman e pela Iniciativa de Colaboração de Nebraska concedidos a Aich e Saha. Dois candidatos a doutorado — Mark Kathol do Laboratório de Saha e Anika Azme do Laboratório de Aich — são os co-primeiros autores deste estudo.
O estudo completo está disponível de forma aberta através da Royal Society of Chemistry.
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