
“Estamos cientes de que, apesar da declaração de um cessar-fogo, centenas ainda perdem suas vidas ou vivenciam sofrimento”, advertem
Jerusalém, 22 de dezembro de 2025 (Ecclesia) – Os líderes das Igrejas em Jerusalém destacam que o “cessar-fogo” possibilita que diversas comunidades celebrem “abrindo as portas” a felicidade do Natal, mas recordam aqueles que “sofreram ataques brutais”, incluindo contra “suas propriedades e liberdades” nesta área.
“Inspirados pelo exemplo de nosso Senhor na Sua Encarnação, continuamos a nos solidarizar com todos que padecem e se sentem desamparados, e convocamos os cristãos e pessoas de boa vontade ao redor do planeta a persistirem em oração e a lutarem por uma paz autêntica e justa na terra natal do nascimento de nosso Senhor — e, realmente, em toda a Terra”, afirmam os patriarcas e líderes religiosos em sua Mensagem de Natal 2025.
No documento divulgado online pelo Patriarcado Latino de Jerusalém nesta segunda-feira, 22 de dezembro, as autoridades religiosas expressaram satisfação pelo “cessar-fogo ter possibilitado muitas comunidades a celebrarem abertamente as alegrias do Natal”, ao mesmo tempo que alertam sobre “a advertência do profeta Jeremias” referente àqueles que proclamam “‘paz, paz’, quando não existe paz” (Jeremias 6:14).
“Temos plena consciência de que, apesar da declaração de fim das hostilidades, centenas continuam a ser mortas ou a sofrer lesões graves. Muitas outras pessoas têm enfrentado agressões violentas, não apenas na Terra Santa, mas também nos países vizinhos.”
“Seguindo o exemplo de Nosso Senhor na Sua Encarnação”, os patriarcas e chefes das Igrejas em Jerusalém ressaltam que seguem firmes na solidariedade “com todos os que estão sofrendo e desanimados”, e convocam os cristãos e pessoas de boa vontade em todo o mundo “a persistir na oração e na luta por uma paz verdadeira e justa” na terra natal de Jesus, “e em toda a Terra”.
Na Mensagem de Natal 2025, os líderes afirmam que permanecem “resolutos em proclamar” e reafirmar para as comunidades e fiéis em todo o mundo “a mensagem de esperança revelada na Encarnação de Cristo e no Nascimento Sagrado em Belém há mais de dois mil anos”.
“Em períodos igualmente desafiadores, um anjo do Senhor apareceu repentinamente aos pastores daquela região, pedindo-lhes que deixassem de lado seus temores”, acrescentam, recordando que “foi ajoelhados” diante da manjedoura naquela caverna sagrada que os pastores “conheceram pela primeira vez a doçura do amor de Deus”.
A mensagem inicia com uma citação da Carta aos Hebreus: “Portanto, considerando que estamos cercados por uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos de lado todo o peso e o pecado que nos prende, e corramos com determinação a corrida que nos é proposta, fixando nossos olhos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé…” (12:1–2a).
O patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, fez uma visita pastoral de Natal a Gaza, onde a igreja da Sagrada Família serve como sede da única paróquia católica no enclave, entre 19 e 21 de dezembro.
O novo custódio da Terra Santa, frei Francesco Ielpo, declara em sua primeira mensagem natalina, intitulada ‘a luz que brota da fragilidade’, que “a imagem marcante do Natal é a pequenez”, ressaltando que “Jesus nasce em um local simples, improvisado e inadequado”.
“Aqui em Belém, contemplamos um Deus diminuto. Um estábulo transforma-se no espaço do infinito, a liturgia mais sagrada é celebrada sobre a palha, acompanhada pelo odor do estrume, entre os carinhos de uma mãe e o choro de um recém-nascido”, detalha o frade franciscano em um vídeo gravado na Gruta da Natividade em Belém.
“Ao olharmos para Ele, contemplando Sua imagem e imitando-o, possamos recomeçar com uma esperança renovada. No estábulo da humanidade, não estamos sós! Jesus nasceu por nós!”, destaca frei Francesco Ielpo.
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