
D. José Pereira conduziu a celebração eucarística, durante a qual foram escolhidos três novos cónegos
Guarda, 23 de outubro de 2025 (Ecclesia) – O bispo de Guarda liderou, nesta quarta-feira, a cerimônia de dedicação da catedral, descrevendo-a como um local que se abre ao encontro com o divino.
“Este espaço não é apenas um local físico fechado entre muros, mas a realidade sacramental onde o ambiente material se transforma em um convite ao encontro com Cristo em espírito e verdade”, enfatizou D. José Pereira, em sua homilia, enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo destacou que, “ao contrário de algumas visões espiritualistas que se caracterizam por um neo-gnosticismo ou um subjetivismo isolado, o templo não perde sua relevância”.
“Deixa de ser um espaço exclusivo (o único lugar da habitação de Deus) para se tornar uma oportunidade: um sinal que nos convoca e nos leva ao encontro com Deus”, acrescentou.
De acordo com D. José Pereira, “celebrar a dedicação da catedral é celebrar o mistério do Corpo místico de Cristo que é a Igreja, que serve como ponto de encontro entre o ser humano e Deus, e dentro de Deus”.
Durante a celebração eucarística na catedral, com a presença do bispo emérito da diocese, D. Manuel Felício, e de numerosos padres, foram nomeados três novos cónegos da catedral, que agora fazem parte do Cabido e do Colégio de Consultores.
Os novos cónegos são os padres Joaquim Cardoso Pinheiro, Henrique Manuel Rodrigues dos Santos e Francisco Pereira Barbeira.
O bispo mencionou a função do cabido da catedral, formado por cónegos, que são designados para celebrar as festividades litúrgicas mais importantes, garantindo que nestes momentos significativos o mistério da Igreja seja evidente.
D. José Pereira sublinhou a relevância do cónego penitenciário, que tem como responsabilidade a absolvição no contexto sacramental de pecados mais graves, cuja remissão ordinária está reservada ao bispo.
“Os cónegos também são convocados a desempenhar outras funções designadas pelo bispo. Quero que vocês se tornem facilitadores do diálogo entre fé e cultura, entre a estética cristã e as artes contemporâneas, entre a mística evangélica e as espiritualidades seculares”, expressou o bispo.
O bispo de Guarda enfatizou a necessidade de “revitalizar as funções essenciais, atualizando os estatutos, para que se tornem serviços orgânicos de natureza pastoral e não meras honrarias”.
Na homilia, D. José Pereira realçou a importância dos diversos elementos que compõem o espaço litúrgico da catedral, começando pela própria construção, que traz “a consciência de pertencer à única Igreja de Cristo”, que remonta “ao grupo dos Doze” e anuncia “à cidade a eternidade do dom e do chamado de Deus”.
“Em seguida, temos o altar”, prosseguiu o bispo, esclarecendo que “representa o próprio Cristo”, que se faz presente como vítima e alimento, além de mencionar o ambão, “o espaço elevado de onde é proclamado que Cristo ressuscitou para cumprir a obra de Deus” com a salvação de todos.
O bispo diocesano ainda discutiu a “cátedra ou cadeira episcopal”, de onde preside e prega quando se encontra na Sé: “Não se trata de um trono, mas do símbolo, talvez o mais antigo, do ministério episcopal e do serviço pastoral”.
Ao final da homilia, o bispo falou sobre “a trajetória sinodal e o calendário pastoral” que apresentou à diocese, encerrando com um apelo à oração pelas vocações e pela renovação missionária da Igreja.
LJ/OC
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