
D. Armando Esteves Domingues ressaltou a «urgente necessidade de esperança e paz» no «coração» da humanidade
Angra do Heroísmo, Açores, 20 de outubro de 2025 – O bispo de Angra incentivou os religiosos açorianos a atuarem como “guardas da esperança” e “construtores de união” em uma sociedade marcada pela “crise da humanidade”, durante o Jubileu diocesano dos Consagrados, realizado na Sé no dia 19 de outubro.
“Há uma profunda necessidade de esperança e de paz que reside no coração de cada homem e mulher. Sejamos promotores da harmonia, utilizando palavras e gestos que fortaleçam nossa convivência. Que o amor divino continue sendo o vosso refúgio e força”, afirmou D. Armando Esteves Domingues em sua homilia, conforme mencionou o portal ‘Igreja Açores’.
A Diocese de Angra celebrou o Jubileu diocesano da Vida Consagrada, no Ano Santo de 2025, reunindo religiosos e religiosas nos Açores em um dia de “oração, comunhão e reflexão”, com diversas atividades, no domingo, dia 19 de outubro, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
O bispo de Angra encorajou os consagrados a se tornarem “especialistas em sinodalidade”, participando ativamente nas comunidades paroquiais, nos conselhos e nas propostas formativas da diocese, contribuindo para “o crescimento de uma espiritualidade de comunhão”.
“A proximidade humana está se esvaindo; estamos todos conectados virtualmente, mas perdemos o verdadeiro relacionamento. A busca incessante por produtividade faz com que fiquemos centrados em nós mesmos, privados de altruísmo; viver o Evangelho de forma concreta pode ajudar a restaurar humanidade e dignidade nas pessoas”,

Baseando-se no Evangelho do dia, D. Armando Esteves Domingues destacou a figura da viúva que, com coragem e determinação, busca justiça, “uma mulher dignificada, cheia de garra, que não se submete à injustiça”, ensinando “a ter fome e sede de justiça, a não desistir, mesmo diante de adversidades que sugeririam o contrário”.
“Os menos favorecidos não são seres humanos? Os vulneráveis não possuem a mesma dignidade que nós? O valor que damos à resposta a essa questão determinará a moral e social da nossa sociedade. Ou recuperamos a dignidade moral e social, ou nos afundamos em um abismo de degradação”, acrescentou.
A celebração do Jubileu da Vida Consagrada na Diocese de Angra coincidiram com o Dia Mundial das Missões de 2025 da Igreja Católica, onde o bispo diocesano observou que “a vida é uma missão”, ressaltando que “é grandioso reconhecer que é Deus quem protege e cuida de cada um”.
“Oremos sempre, sem perder a esperança, pois nossa ajuda vem do Senhor. Somente em Deus encontramos abrigo: amar é rezar e rezar é amar, e isso nunca nos cansa”, pediu D. Armando Esteves Domingues.
O Jubileu da Vida Consagrada nos Açores contou, pela primeira vez, com a presença simultânea dos representantes dos oito institutos religiosos do arquipélago da Diocese de Angra, com uma programação organizada pelo Secretariado da CIRP – Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, da Ilha Terceira.
“Estendo um abraço a todos que estão dedicados a sua missão. Abarço a diocese nas ilhas onde se encontram… Todos vocês são extremamente valiosos”, disse D. Armando Esteves Domingues no início da cerimônia Eucarística, segundo informa o site ‘Igreja Açores’.

Além da Eucaristia na Sé, as atividades do Jubileu da Vida Consagrada na Diocese de Angra continuaram à tarde deste domingo, com uma sessão solene na Casa de Saúde do Espírito Santo, onde os participantes refletiram sobre temas pertinentes à Vida Religiosa e apresentaram as missões atuais, os desafios enfrentados e as esperanças nos Açores.
A Igreja Católica está celebrando o Ano Santo de 2025, o 27.º jubileu ordinário de sua história; uma iniciativa do Papa Francisco dedicada ao tema da esperança, que está sendo continuada sob o pontificado de Leão XIV.
CB/OC
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