
“A Palavra continua a se manifestar em nossa humanidade vulnerável; e por estar entre nós, a esperança não se torna uma miragem, mas uma realidade” – D. Manuel Quintas
Faro, 26 de dezembro de 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve referiu-se a “circunstâncias que persistem em não se abrir à luz de Belém, marcadas por densas trevas”, no dia de Natal, onde chamou a atenção para “conflitos devastadores”, a “situação lamentável” de migrantes, a “exclusão social e a banalização da vida humana”.
“As guerras continuam a ceifar vidas inocentes, a devastar nações, gerando um aumento de migrantes que fogem de conflitos intermináveis ou simplesmente buscam um futuro melhor para si e suas famílias”, advertiu D. Manuel Quintas durante a Missa de Natal, conforme citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
O prelado também abordou as questões da exclusão social, “com a marginalização dos mais vulneráveis, dos pobres, dos idosos”, apoiadas por barreiras culturais ou legais, “que dificultam a acolhida humana, o suporte necessário e a integração justa e apropriada”.
D. Manuel Quintas igualmente salientou a “banalização do mal” presente em diversas formas de violência – “doméstica, homicida” – que se originam de “uma indiferença generalizada e insensível à vida humana”, e à “dignidade do próximo”.
“É essa nossa realidade que o Príncipe da Paz continua a encontrar, hoje, e que assume pessoalmente ao tomar sobre Si a nossa humanidade, para transformá-la”, acrescentou o líder católico, desejando que Jesus venha “iluminar as trevas mais profundas que permeiam o mundo atual”.
“A Palavra continua a se manifestar em nossa humanidade vulnerável. Ela vem como Emanuel, Deus conosco, como Jesus, o Salvador. Ele está realmente em nosso meio e em nós. E porque Ele está entre nós, a esperança não é uma miragem, mas uma certeza. A paz não deve se limitar a um slogan ou um mero desejo, mas deve ser uma missão para todos nós que O acolhemos e acreditamos n’Ele.”

D. Manuel Quintas recordou que Jesus nasceu nas periferias de Belém “em uma condição de precariedade”, e os primeiros a acolhê-lo foram “migrantes (os magos que vieram de longe)” e pastores, que “costumavam viver à margem da sociedade”, e também assumiu “a condição de migrante durante a fuga para o Egito”.
Na Sé de Faro, o bispo do Algarve pediu que, neste tempo, “tão marcado pelo desencanto, onde tudo parece desmoronar”, permitam que a celebração do Natal “traga de volta, para toda a humanidade, o sonho, a surpresa e a esperança”.
“Que nossas vidas sejam um sinal de que é possível uma realidade diferente, de que é viável construir um novo mundo: um mundo onde nenhuma vida seja dispensável, onde cada pessoa seja recebida como um irmão ou irmã, como se fosse o próprio Jesus à nossa porta”, concluiu D. Manuel Quintas, na homilia da Missa de Natal citada pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
CB
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