
O líder do Brasil, Lula da Silva, advertiu nesta quarta-feira que a apresentação das contribuições de cada nação para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE) é uma obrigação, e não uma escolha.
Num contexto onde as violações de direitos se tornaram comuns, a não apresentação das contribuições (NDC) pode parecer uma questão menor, mas, segundo ele, sem essas informações, o planeta “segue sem rumo”, alertou, sublinhando que o negacionismo que enfrentamos abrange não apenas as questões climáticas, mas também o multilateralismo, e que “as barreiras nas fronteiras não impedirão secas ou tempestades”.
O presidente brasileiro e o secretário-geral da ONU, António Guterres, inauguraram nesta quarta-feira a Cimeira do Clima 2025, no contexto da 80.ª sessão da Assembleia Geral. O Brasil será anfitrião da 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, em novembro.
Em sua fala em português, Lula da Silva alertou que a natureza não se dobra a armas ou navios militares e que não há nação superior às demais, destacando a importância do Acordo de Paris, celebrado há uma década, sem o qual o mundo se dirigiria para um aumento de quatro graus na temperatura.
Ele reforçou a necessidade de cada nação apresentar suas NDC, lembrando que o Brasil foi o segundo país a submeter suas novas metas de redução de emissões, afirmando que pretende diminuir as emissões de todos os gases entre 59% e 67% até 2035.
Apelando para que os países que ainda não enviaram suas NDC o façam, pois o êxito da COP30 depende de suas contribuições, o presidente reiterou sua declaração de que a cimeira que ocorrerá em Belém representa a “COP da verdade”, a fim de verificar se os líderes confiam na ciência.
Ele pediu cautela, pois, se demonstrarem que não acreditam, o negacionismo das mudanças climáticas pode prevalecer.
Durante a cimeira desta quarta-feira, após o presidente chinês, Xi Jinping, ter anunciado (via videoconferência) uma redução de emissões de GEE entre 7% a 10% até 2035, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que a União Europeia continuará a ser líder nas ações climáticas.
Ela assegurou que a Europa manterá suas ambições climáticas, lembrando da redução das emissões de GEE em quase 40% desde 1990, acrescentando que o bloco está a caminho de diminuir as emissões em pelo menos 55% até 2030.
Von der Leyen também declarou que há um compromisso para que as NDC fiquem entre 66% e 72%, prometendo que a União Europeia cumprirá suas metas antes da COP30.
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