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Do copo à garrafinha: o manual definitivo sobre o que realmente separa a água acessível da premium

Por muitos anos, a simples tarefa de ingerir água era apenas abrir uma torneira, preencher um copo e satisfazer a
Do copo à garrafinha: o manual definitivo sobre o que realmente separa a água acessível da premium

Por muitos anos, a simples tarefa de ingerir água era apenas abrir uma torneira, preencher um copo e satisfazer a sede. No entanto, atualmente, o setor de hidratação se transformou em um vasto campo repleto de alternativas — desde águas “premium” e filtradas até opções enriquecidas com eletrólitos e vitaminas. Existe realmente uma diferença significativa entre as águas mais baratas e as mais caras?

Segundo especialistas em nutrição e médicos consultados pelo HuffPost, a resposta é mais direta do que se imagina: na maioria das situações, não existem benefícios relevantes em gastar mais.

Qual a quantidade ideal a ser consumida diariamente?
A ingestão ideal de água varia conforme a individualidade. “Não há um número fixo para todos”, esclareceu a nutricionista e naturopata Jenn Salib Huber. “As necessidades de líquidos são influenciadas pelo clima, a prática de atividades físicas, a faixa etária e até mesmo pela dieta, visto que muitos alimentos contêm água.”

Como uma diretriz, Huber sugere que adultos consumam entre 1,5 e 2 litros de líquidos diariamente, abrangendo água, bebidas e alimentos.

A nutricionista Kaitlin Hippley propôs uma maneira simples de avaliar a hidratação: “A cor da urina pode ser um indicativo. Um amarelo-claro geralmente significa que você está bem hidratado.”

Água da torneira ou mineral?
Para muitas pessoas, a água da torneira é mais do que suficiente. “Em termos nutricionais e funcionais, costuma ser tão boa quanto qualquer água engarrafada de alto custo”, afirmou Huber.

A dietista Vanessa Rissetto também se posicionou a favor: “Contanto que você resida em uma área onde a água é tratada e segura, a água da torneira é mais do que adequada para manter a hidratação. É acessível, barata e eficaz.”

<pContudo, Hippley ressaltou que existem exceções: “A água da torneira é frequentemente monitorada, mas canos antigos podem liberar metais pesados, e contaminações locais, como E. coli ou pesticidas, podem acontecer. Além disso, o paladar pode ser um empecilho para alguns.”

Nesses casos, Lisa Moskovitz, também dietista, sugeriu: “Isso depende muito da região onde você mora, então vale a pena investigar a qualidade da água na sua localidade.”

Faz sentido investir em filtros?
Se houver inseguranças quanto ao sabor ou à segurança, um filtro pode ser uma solução viável. “Filtrar a água ajuda a eliminar impurezas”, explicou Diane Han, nutricionista registrada. “Em regiões com água dura, os minerais e impurezas influenciam no sabor. A filtragem aprimora a qualidade e encoraja hábitos de hidratação mais saudáveis.”

Importância do recipiente
As garrafas plásticas são as mais comuns, mas apresentam problemas. Feitas de polietileno tereftalato (PET), podem liberar microplásticos e substâncias químicas. A médica Pooja Gidwani, especialista em medicina interna e obesidade, recomendou “escolher garrafas livres de bisfenol A (BPA), como a Smartwater, e evitar reutilizá-las ou expô-las ao calor.”

O alumínio é reciclável e resistente, mas é vital verificar se o revestimento interno não contém BPA. O vidro, por sua vez, não libera químicos, mas é pesado e quebradiço. Gidwani aconselhou usar “garrafas simples, sem tintas ou logotipos impressos.”

As embalagens tipo Tetra Pak, embora de papel, possuem revestimentos plásticos difíceis de reciclar. “Apesar de serem comercializadas como ecológicas, não estão livres de microplásticos e não devem ser reutilizadas ou expostas ao calor”, alertou Gidwani.

A opção mais recomendada é um recipiente reutilizável de aço inoxidável, incluindo tampa e canudo do mesmo material. “São duráveis, isolantes e representam uma escolha mais segura e sustentável”, destacou a médica.

Águas gaseificadas e aromatizadas: vale a pena?
As águas gasosas podem tornar a hidratação mais agradável, mas devem ser consumidas com moderação. “É uma boa maneira de diversificar, mas deve ser equilibrada com água pura”, afirmou Marissa Karp, nutricionista.

Ela também alertou que as bebidas com “sabores naturais” nem sempre são tão naturais assim. “Os aromas naturais costumam ser processados em laboratório”, explicou. “Embora não causem problemas em pequenas quantidades, é crucial equilibrar o consumo.”

A dietista Sharon Palmer revelou que gosta de “águas gaseificadas com infusões naturais e sem açúcares adicionados”, mas limita a ingestão a “uma por dia.”

Quem deseja economizar pode preparar sua própria água aromatizada em casa. “Basta adicionar frutas ou ervas”, sugeriu Han. “Minha combinação preferida é laranja e pepino — refrescante, rica em vitaminas e eletrólitos naturais.”

Compensa pagar mais por águas enriquecidas?
As prateleiras dos supermercados estão repletas de águas com eletrólitos, vitaminas e outros aditivos; no entanto, os especialistas concordam que a maioria delas não apresenta benefícios comprovados.

“Podem ser caras e, na verdade, não oferecem nada de extraordinário”, declarou Vicki Shanta Retelny, nutricionista. “É preferível beber qualquer tipo de água do que não beber nada, mas não há evidências de que águas artesanais, minerais ou alcalinas sejam superiores.”

Palmer complementou: “Não existem estudos confiáveis que confirmem benefícios significativos dessas águas ‘premium’.” Já Sara Haas alertou: “Leia os rótulos e faça sua pesquisa. Se você não realiza treinos intensos, essas adições não são necessárias. E se tiver problemas de saúde, consulte seu nutricionista.”

A opção ideal para quem se exercita
Para aqueles que se exercitam regularmente, a água de coco pode ser uma alternativa natural aos esportivos artificiais. “Ela contém eletrólitos como potássio, sódio e magnésio, que ajudam na prevenção de cãibras”, esclareceu Hippley.

A nutricionista Sherry Lin acrescentou: “É naturalmente doce e rica em eletrólitos — perfeita para atividades intensas.” Contudo, Karp advertiu que deve ser consumida com moderação: “Ela pode conter até 9 gramas de açúcar por copo de 240 ml.”

A hidratação é sobre consistência, não perfeição
Independentemente do tipo de água, os especialistas concordam em um ponto: a melhor água é aquela que você bebe com regularidade. “O corpo se hidrata da mesma maneira com água pura, filtrada ou gaseificada”, afirmou Karp.

Lin destacou que muitos sintomas comumente atribuídos à desidratação, como cansaço ou falta de foco, “resultam unicamente de não beber o suficiente ao longo do dia.”

Huber concluiu: “Hidratação é uma questão de regularidade, não de perfeição. Chá, café, sopas, frutas e legumes também contam. A maioria das pessoas ficará bem com água da torneira — e o bolso agradece.”

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