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Docentes lusos entre os mais contentes da OCDE

Os educadores nas escolas de Portugal estão entre os mais contentes com suas profissões no contexto da OCDE, embora 27%
Docentes lusos entre os mais contentes da OCDE

Os educadores nas escolas de Portugal estão entre os mais contentes com suas profissões no contexto da OCDE, embora 27% dos professores mais jovens considerem deixar a carreira nos próximos cinco anos, conforme um estudo internacional publicado recentemente.

Quase 90% dos professores da OCDE manifestam satisfação em relação aos seus empregos, segundo o TALIS 2024 – Teaching and Learning International Survey, que é o maior levantamento global sobre docentes, com a participação de mais de 280 mil profissionais de 55 sistemas educativos.

Os educadores portugueses se destacam entre os mais felizes, com 94% afirmando estar satisfeitos com suas atividades laborais, conforme os dados da pesquisa, onde relatam suas vivências em sala de aula, suas interações com colegas, alunos e pais, assim como as condições de trabalho.

Apesar de uma diminuição do descontentamento, muitos consideram a possibilidade de mudar de profissão: a maioria dos educadores jovens em Portugal (66%) declara que a docência foi sua primeira escolha, mas 27% admite que pode deixar o magistério nos próximos cinco anos, enquanto a média da OCDE gira em torno de 20%.

O estudo não apresenta razões específicas para essa possível saída, mas os pesquisadores alertam para a necessidade de cuidado na alocação de turmas para os professores mais novos, já que “é comum priorizar a antiguidade, o que pode resultar em atribuir os ambientes educacionais mais desafiadores a educadores menos experientes”.

Essa abordagem pode gerar dois problemas: “Desencantar os educadores mais jovens da profissão e proporcionar uma educação desigual aos alunos em situação de vulnerabilidade”.

Em todos os 55 sistemas educativos analisados, os professores mais jovens atendiam mais alunos com dificuldades de compreensão na linguagem do que os docentes mais experientes, de acordo com a pesquisa realizada em 17 mil escolas.

Focando novamente apenas nas escolas portuguesas, os educadores se destacam por serem alguns dos mais velhos da OCDE e entre os que mais reclamam dos efeitos do trabalho: 26% enfrentam altos níveis de estresse (média da OCDE é de 19%), 16% acreditam que sua saúde mental é seriamente afetada pelo trabalho (10% na OCDE) e 13% afirmam que o trabalho prejudica até sua saúde física.

Entre as principais fontes de estresse, citaram a carga excessiva de trabalho administrativo (79%) e a responsabilização pelo desempenho dos alunos (79%).

Os docentes também expressam insatisfação em relação aos contratos de trabalho: apenas 39% estão contentes com as condições de seu emprego, enquanto a média da OCDE é quase o dobro (68%).

Embora haja uma redução na insatisfação com os salários em Portugal, apenas 13% concordam com a remuneração, em comparação com a média da OCDE, que é três vezes maior (39%).

A escassez de educadores nas escolas é um desafio reconhecido globalmente, conforme a OCDE, que sugere que um “status” social mais elevado para a profissão docente pode ajudar a atrair candidatos de alta qualidade e reter professores experientes.

No entanto, são poucos os que em Portugal acreditam que seu trabalho é devidamente reconhecido: apenas 9% consideram que os professores são valorizados pela sociedade (22% na OCDE).

Dentro do ambiente escolar, mais da metade acredita que pais e alunos reconhecem seu trabalho, mas apontam dificuldades em serem valorizados por alunos de instituições socioeconomicamente desfavorecidas (ou seja, onde mais de 30% das crianças provêm de famílias em situação de pobreza).

Apenas 4% acreditam que suas opiniões são consideradas pelos responsáveis políticos (um número quatro vezes inferior à média dos países da OCDE).

Oito em cada dez professores dizem confiar em seus colegas, e a maioria reconhece diversas qualidades nos diretores, além de acreditar que mantêm boas relações com os alunos.

Em Portugal, metade dos educadores afirmam que atendem aos objetivos de suas aulas em todas as sete áreas definidas pelo TALIS: clareza da instrução, ativação cognitiva, feedback, apoio à consolidação, adaptação do ensino às diferentes necessidades dos alunos, suporte à aprendizagem socioemocional e gestão da sala de aula.

Curiosamente, a proporção de professores com menos de cinco anos de experiência que relatam atingir os objetivos nessas sete áreas (45%) é semelhante à de educadores mais experientes (51%).

Dentre os objetivos que os professores estabelecem para suas aulas, a tarefa de envolver alunos em atividades que os desafiem (75%) é a que menos frequentemente é alcançada.

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