O representante do partido Livre afirmou hoje que Portugal pode muito em breve reconhecer a Palestina, criticando o governo por querer “lavar as mãos” em relação à presença de três cidadãos portugueses na flotilha que se dirige a Gaza.
Em declarações à imprensa na Assembleia da República, após uma reunião com membros do governo sobre diversas questões, Rui Tavares reiterou a necessidade do reconhecimento da Palestina pelo Estado português, argumentando que, se isso já tivesse ocorrido, “vidas teriam sido salvas”.
“Apoiamos que Portugal reconheça a Palestina como um Estado soberano e independente o quanto antes; parece que isso pode estar próximo,” disse ele.
Quando questionado se o Governo estabeleceu uma data para isso, Rui Tavares preferiu não entrar em detalhes, para evitar que tal fosse usado como um “pretexto” para não reconhecer a Palestina.
O deputado do Livre comentou também que, caso Portugal reconheça a Palestina, o partido vai exigir “similaridade no tratamento das guerras da Rússia e da Ucrânia em comparação com o conflito entre Israel e Palestina”, defendendo que “qualquer ataque a esse Estado deve ser interpretado pelo governo português como uma invasão de território estrangeiro por Israel”.
Rui Tavares também criticou a forma como o Governo tem abordado a questão da Flotilha da Liberdade, que está a caminho de Gaza com ajuda humanitária e conta com a participação de três portugueses, incluindo a deputada do BE, Mariana Mortágua.
Na visão do Livre, o Governo deveria ter desaconselhado a participação na flotilha, algo que “não fez, ou então tem a responsabilidade de monitorar e até proteger, especialmente quando há uma representante eleita do povo português a bordo”.
“Não pode simplesmente lavar as mãos e dizer, ‘se vão, vão por conta própria e nós oferecemos apenas o mínimo de assistência, que é a proteção consular,’” criticou ele.
Tavares alertou que, “quando Israel afirma que os integrantes da Flotilha serão tratados como terroristas, o mínimo que se espera é convocar o embaixador de Israel para buscar esclarecimentos sobre o que isso implica”.
No mês de julho, em um comunicado, o primeiro-ministro informou que consultaria o Presidente da República e os partidos com representação no parlamento para “avaliar a possibilidade de reconhecer o Estado palestiniano” na Assembleia Geral das Nações Unidas que ocorre neste mês.
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