Heather Hall foi a única vítima fatal dos EUA no desastre do Elevador da Glória. A professora universitária, especializada em Educação Especial, estava em Lisboa para uma conferência quando entrou no elevador que saiu dos trilhos durante a viagem entre o miradouro de São Pedro de Alcântara e os Restauradores.

Conforme um comunicado mencionado pela BBC, a família informou que a mulher, mãe de dois filhos, “faleceu fazendo o que mais amava — vivendo a vida intensamente, assumindo riscos e com o coração aberto ao mundo”. De acordo com a Universidade de Charleston, onde lecionava, Heather atuava como instrutora com foco em Educação Especial e literacia.

A conexão de Heather com a universidade começou antes de sua atuação como docente: ela se formou em Charleston e, posteriormente, voltou como professora em um local onde se dedicava a “criar ambientes inclusivos para crianças e adultos com deficiências”, relataram seus familiares.

Ela era uma “defensora incansável da igualdade, representatividade e pertencimento”, desenvolvendo “vínculos profundos” com aqueles que se sentiam “verdadeiramente valorizados por ela”. Apesar de sua dedicação profissional, a família enfatiza seu amor pelos filhos, que “desejava que vivessem suas vidas plenamente”.

Como demonstram suas postagens nas redes sociais, Heather viajava com frequência, inclusive a trabalho. Ela chegou a levar alunos a Itália e tinha planejado viagens para Islândia e Belize.

“Sua energia, gentileza e comprometimento com os alunos farão falta. (…) Essa é uma perda trágica para todos nós”, comentou Fran Welch, reitora da Faculdade de Educação da Universidade de Charleston.

A morte de Heather provocou uma forte reação entre professores e amigos que tiveram a oportunidade de conhecê-la, descrevendo-a como uma “estrela brilhante demais” e destacando sua “dedicação” incomum. “Nossos corações estão com sua família, amigos, colegas e alunos neste momento difícil”, manifestou Tim Scott, senador da Carolina do Sul.