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Grupo Juvenil da Paróquia do Lavradio promove limpeza e revitalização da capela do cemitério.

Anderson e Clara enfatizam que 19 adolescentes compartilharam um período de colaboração durante dois dias de trabalho voluntário Foto: Grupo
Grupo Juvenil da Paróquia do Lavradio promove limpeza e revitalização da capela do cemitério.

Anderson e Clara enfatizam que 19 adolescentes compartilharam um período de colaboração durante dois dias de trabalho voluntário

Foto: Grupo de Jovens da Paróquia do Lavradio

Lavradio, 30 de outubro de 2025 (Ecclesia) – O Grupo de Jovens da Paróquia do Lavradio, situada no Barreiro (Diocese de Setúbal), conduziu atividades de limpeza e pintura na capela do cemitério, como parte de um projeto voluntário com o objetivo de trazer mais dignidade antes das celebrações dos fiéis defuntos.

“A proposta nasceu do nosso anseio de ajudar a comunidade. Consideramos importante cuidar da casa do Senhor, para que aqueles que lá visitam sintam que é um lugar sagrado, acolhedor e em paz, onde podem orar,” comentaram os responsáveis do Grupo de Jovens da Paróquia do Lavradio, em uma entrevista à Agência ECCLESIA.

Anderson e Clara explicam que o grupo teve uma discussão sobre a morte e, “dentro das propostas de desafios”, surgiu a ideia de realizar “algum serviço” no cemitério do Lavradio. Após a autorização das autoridades responsáveis pelo local, fizeram uma vistoria e concluíram que a capela precisava de mais atenção.

“Recebi com grande alegria a iniciativa do Grupo de Jovens. A ideia ainda estava um pouco crua, mas uma ação tão preciosa merece total apoio. É uma benção de Deus caminharmos juntos,” ressaltou o pároco do Lavradio.

O padre João Paulo Duarte, que também participou na limpeza e pintura da capela do Cemitério do Lavradio, destacou que “os jovens são parte ativa da comunidade, tanto no presente quanto no futuro” e precisam de pessoas que os guiem, “que os incentivem e apoiem”.

“Este grupo sempre se reúne com a intenção de se conectar com Deus e de servir a comunidade, pregando que Jesus é para todos e todos são para todos, essa é a mensagem vital que se transmite à sociedade. É importante fazer entender que o cemitério é um espaço sagrado, visitar esse lugar é um gesto de misericórdia e a fé cristã na ressurreição do corpo é algo que nos une em todas as gerações,” explicou.

De acordo com o pároco local, a capela do Cemitério do Lavradio estava em “considerável deterioração”, com paredes com umidade, cortinas rasgadas e, de modo geral, era um espaço “sem conforto ou condições adequadas a um local sagrado”.

“Limparamos as toalhas do altar, trocamos os cortinados, raspamos, limpamos e pintamos as paredes, cuidamos das imagens, lixamos e pintamos a porta e as janelas, esfregamos e limpamos o chão, tudo isso de forma simples, pois não tínhamos experiência,” relembram Anderson e Clara sobre os dois dias de voluntariado que mobilizaram 19 jovens, nos últimos dias 25 e 26 de outubro.

Para os coordenadores do Grupo de Jovens da Paróquia do Lavradio, esta ação foi “um momento de colaboração e ajuda mútua”, especialmente antes do Dia de Todos os Fiéis Defuntos, no qual alguns já haviam participado, e acreditam que, após essa vivência, vivenciarão as celebrações “de forma mais profunda”.

“Em uma sociedade que cada vez mais desvalorização aqueles que já partiram e em que a fé cristã sobre o cuidado com os mortos é menosprezada, ver que os jovens ficam tocados após discutirem os temas em grupo, é perceber que o Espírito Santo atua entre nós,” acrescentou o padre João Paulo Duarte.

O pároco do Lavradio comentou que a capela do cemitério é utilizada nas celebrações do Dia de Todos os Santos e do Dia dos Fiéis Defuntos, que ocorrem nos dias 1 e 2 de novembro, respectivamente, neste sábado e domingo; todavia, com esta iniciativa dos jovens, há também o desejo de realizar essas atividades com mais frequência.

Anderson e Clara destacam que essa experiência de serviço voluntário proporcionou um “crescimento na fé” incentivando o desejo de “orar e cuidar daqueles que já partiram”.

“Reforçou a amizade e a união do grupo. Foi gratificante receber algumas pessoas da comunidade que nos trouxeram água e bolinhos, demonstrando que um gesto bonito contagia outros a realizarem ações igualmente agradáveis,” concluiram os coordenadores do Grupo de Jovens da Paróquia do Lavradio, na Diocese de Setúbal.

A Paróquia do Lavradio informa que a Missa no cemitério no Dia de Todos os Santos será às 11h30 e nos Fiéis Defuntos, às 15h00.

CB/OC

O dia 2 de novembro, conforme a tradição católica, é dedicado à “comemoração de todos os fiéis defuntos”, em que muitos católicos visitam os cemitérios onde descansam seus familiares e amigos, participando de celebrações religiosas.

Essa comemoração remonta ao fechamento do primeiro milênio, quando o Abade de Cluny, Santo Odilão, determinou em 998 que todos os mosteiros da sua Ordem realizassem uma evocação de todos os mortos ‘desde o início até o fim do mundo’ nesta data.

O costume logo se disseminou; em Roma, foi oficializado no século XIV, e no século XV, aos dominicanos de Valência (Espanha) foi concedido o privilégio de celebrar três Missas nesse dia, prática que se espalhou nas regiões da Espanha, Portugal, e na Polônia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou essa tradição para toda a Igreja (1915).

Em 2016, a Santa Sé divulgou uma instrução sobre sepultamento, relembrando a proibição de dispersar as cinzas da cremação e a necessidade de preservar as cinzas em cemitérios ou locais sagrados, podendo optar pela cremação do próprio corpo, embora valorize-se “a antiga tradição cristã” da sepultação.

Em 2006, lançou-se em Portugal o novo Ritual das Exéquias, que trouxe como novidade um capítulo dedicado especialmente ao caso da cremação.

No dia 1 de novembro, a Igreja Católica celebra a solenidade litúrgica de Todos os Santos, que é um feriado nacional em Portugal. No século IV, as Igrejas Orientais foram as pioneiras em promover uma celebração conjunta de todos os santos, tanto na época feliz da Páscoa, quanto na semana subsequente.

No Ocidente, o Papa Bonifácio IV introduziu uma celebração similar em 13 de maio de 610, ao dedicar à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que começou a ser celebrada anualmente.

A partir dessas tradições, várias Igrejas iniciaram a solenizar em diferentes datas celebrações com conteúdo semelhante; a data de 1 de novembro foi adotada primeiramente na Inglaterra no século VIII, sendo gradualmente estendida pelo império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos durante o reinado de Luís, o Pio (835), possivelmente a pedido do Papa Gregório IV (790-844).

Diz a tradição que, em Portugal, no Dia de Todos os Santos, as crianças saíam às ruas em pequenos grupos para solicitar o ‘Pão por Deus’ de porta em porta; recitavam versos e recebiam como doação pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam em seus sacos de pano; em algumas aldeias, esse dia é conhecido como ‘Dia dos Bolinhos’.

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