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Guterres alerta que Tecnologia Cognitiva pode ser convertida em instrumento e solicita regulamentação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou nesta quarta-feira que a Inteligência Artificial (IA) pode ser convertida em uma arma
Guterres alerta que Tecnologia Cognitiva pode ser convertida em instrumento e solicita regulamentação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou nesta quarta-feira que a Inteligência Artificial (IA) pode ser convertida em uma arma se barreiras não forem impostas, pedindo aos governos que regulamentem essa tecnologia.

Durante um debate de alto nível do Conselho de Segurança da ONU sobre IA, Guterres reconheceu que a questão atualmente não é se a IA terá impacto na paz e na segurança internacionais, mas sim de que forma essa influência será moldada.

Se utilizada de maneira responsável, a IA pode fortalecer a prevenção e a proteção, afirmou Guterres, citando exemplos como a previsão de insegurança alimentar e migração; assistência na desminagem; e apoio na identificação de possíveis surtos de violência, entre outros.

“Entretanto, sem limites, também pode ser convertida em uma arma. Conflitos recentes tornaram-se testes práticos para segmentação e autonomia com a IA”, observou.

O líder das Nações Unidas recordou que ciberataques com IA podem interromper ou destruir infraestruturas essenciais em poucos minutos, e que a habilidade de criar e manipular áudio e vídeo por meio da IA “compromete a integridade da informação, alimenta a polarização e pode gerar crises diplomáticas”.

“A inovação deve servir a humanidade – e não prejudicá-la”, reiterou o ex-primeiro-ministro português.

No mês passado, a Assembleia Geral da ONU criou um Painel Científico Internacional Independente sobre Inteligência Artificial, além de um Diálogo Global anual sobre Governança do tema.

Segundo o secretário-geral, isso reflete o poder único de convocação da ONU e, em conjunto, essas iniciativas têm como objetivo conectar ciência, política e prática.

“Em breve, lançarei uma chamada aberta para nomeações para o Painel Científico. Encorajo todos os Estados-membros a designarem especialistas respeitáveis e diversos, assim como a apoiar a expertise, a independência e o equilíbrio regional do Painel”, pediu.

<p“Apelo também a governantes e partes interessadas para que se envolvam ativamente no Diálogo Global e elaborem normas globais inclusivas e fundamento nos direitos humanos”, acrescentou.

Com relação à IA, o ex-primeiro-ministro português destacou quatro prioridades, começando pela garantia de controle humano sobre o uso da força.

“Sejamos claros: o futuro da humanidade não pode ser entregue a um algoritmo. Os humanos devem sempre manter a autoridade sobre decisões de vida ou morte”, enfatizou. Nesse sentido, António Guterres reiterou seu apelo pela proibição de sistemas autônomos de armas letais sem supervisão humana.

Em segundo lugar, Guterres solicitou a criação de estruturas regulatórias globais e coerentes, enfatizando que desde a concepção até a implementação e desativação, os sistemas de IA devem sempre respeitar o direito internacional. “Os usos militares devem ser claramente regulamentados: por meio de revisões legais, responsabilidade humana e fortes salvaguardas contra abusos”, insistiu.

Em terceiro lugar, o secretário-geral defendeu a proteção da integridade informativa em cenários de conflito e insegurança.

O líder da ONU sugeriu que governos, plataformas, mídias e sociedade civil colaborem para identificar e impedir a desinformação gerada pela IA — desde campanhas de desinformação a deepfakes que afetam processos de paz, assistência humanitária e eleições.

“Precisamos de transparência em todo o ciclo de vida da IA, identificação rápida e verificada das fontes de informação e sua divulgação, além de salvaguardas sistêmicas para evitar que sistemas de IA propaguem desinformação e incitem à violência”, reforçou.

Por fim, Guterres destacou a necessidade de superar a falta de capacidade em IA, ressaltando que a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento sustentável, promover estabilidade e paz. Também defendeu que todas as nações devem ter a oportunidade de contribuir para o futuro da IA.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, conduziu o debate, que contou com a participação do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. A discussão se concentra nas implicações da IA para a paz e segurança internacionais.

Um dos principais objetivos do evento é fomentar o diálogo sobre a mitigação de riscos e a maximização de benefícios da IA no contexto da paz e segurança internacionais, incluindo o papel do Conselho de Segurança nesse processo. Outro objetivo é convidar os Estados-membros a compartilhar boas práticas no uso da IA, incluindo aplicações militares.


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