Filomena e Sara Silva, tia e irmã gémea de Mónica Silva, foram absolvidas nesta segunda-feira das acusações de difamação que enfrentavam em relação a Fernando Valente. Esta decisão surge após alegações ligadas a postagens nas redes sociais e pronunciamentos a meios de comunicação a respeito do desaparecimento de Mónica Silva, que se encontra desaparecida desde outubro de 2023.

A magistrada que presidiu ao julgamento sublinhou que ambas atuaram movidas por convicções pessoais e afeto, levando em conta o alto grau de atenção mediática em torno do caso. “O tribunal determina que Sara e Filomena apenas desejavam esclarecer o que ocorreu com Mónica Silva, sem intenção de difamar”, declarou o colegiado de juízes.

Fernando Valente apresentou uma ação particular, acusando a tia de Mónica Silva de seis crimes de difamação e a irmã gémea de um crime de difamação, após ter sido considerado inocente em relação ao desaparecimento da grávida. As alegações giram em torno de postagens no Facebook e declarações a vários meios de comunicação, onde ambas afirmaram que Valente seria o pai da criança que Mónica aguardava e que teria sido responsável por seu desaparecimento ou morte.

No decorrer da segunda e última audiência, que ocorreu em 3 de outubro, houve tensões entre testemunhas de Fernando Valente e parentes de Mónica Silva. Filomena Silva ficou sem testemunhas, já que seus dois filhos foram dispensados devido a desavenças com um amigo do empresário.

Antes da leitura da decisão, Filomena Silva comentou ao Correio da Manhã que não pagaria nenhuma multa a Fernando Valente e que preferiria enfrentar a prisão, se necessário. Por sua vez, Sara Silva demonstrou otimismo com o veredicto do tribunal, acreditando que o corpo de Mónica Silva será encontrado.

O tribunal concluiu que as condutas das rés não constituíram crime, levando em consideração o contexto emocional e o interesse legítimo em desvendar o desaparecimento da familiar.