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Mais de 40 marcas de calçados lusitanos apresentam-se em Milão. Executivo manifesta-se esperançoso, mas admite fase de indefinição.

Segundo Paulo Gonçalves, 90% da fabricação de calçados em Portugal é direcionada para exportação, abrangendo 170 nações. Durante a MICAM,
Mais de 40 marcas de calçados lusitanos apresentam-se em Milão. Executivo manifesta-se esperançoso, mas admite fase de indefinição.

Segundo Paulo Gonçalves, 90% da fabricação de calçados em Portugal é direcionada para exportação, abrangendo 170 nações. Durante a MICAM, os empresários mencionam diversas geografias — algumas marcas focam em países como Alemanha, Países Baixos e Reino Unido; enquanto outras voltam sua atenção para o mercado norte-americano. Apesar das taxas de 15% estabelecidas pela administração Trump sobre produtos europeus importados, que começaram a valer recentemente, muitas empresas presentes na MICAM ainda não relatam impactos significativos.

Não tivemos nenhum impacto. Os clientes continuam a realizar pedidos”, afirma Cristiano Carvalho, Diretor Geral da PC Footwear, produtora de calçados para marcas como Maje Paris e Rag and Bone. “Acredito que Portugal sempre teve um histórico forte de atuação em private label. O mercado interno é um pouco desafiador, então precisamos focar no exterior”, diz, ressaltando que qualidade e luxo são fatores determinantes para sustentar as exportações. Maria Manuela Vieira Rodrigues, da Tentoes, uma marca de calçados profissionais, também menciona que a empresa não tem percebido os efeitos da tarifa. “Concentramos nossos esforços na tecnologia e estamos constantemente investindo em inovações”, observa.

Por outro lado, o CEO da Kyaia é mais cauteloso em relação aos direitos alfandegários. “As tarifas são sempre uma desvantagem. É claro que devem ser analisadas e comparadas, e a Comissão Europeia teve uma perspectiva positiva sobre estas tarifas em relação a outros mercados, pois sabemos que alguns enfrentam encargos muito mais elevados. Contudo, tarifas não são algo benéfico”, destaca Tiago Brandão Rodrigues. “Se em algum momento as tarifas se tornarem excessivamente altas, é inevitável que isso impacte o consumidor final. E isso gera um cenário complexo, pois se os preços aumentam, as pessoas tendem a restringir seus gastos.”

“Conheço bem a indústria e sei o que é passar por períodos difíceis, e atualmente enfrentamos um maior desafio”, declara o secretário de Estado da Economia, referindo-se à situação das tarifas impostas pelos EUA. “Isso pode abrir novas oportunidades de competitividade e posicionamento. O setor e as empresas estão cientes disso. É uma fase em que não devemos recuar no mercado americano, mas sim investir ainda mais, pois Portugal pode sair em vantagem em relação a outros.”

O representante da APICCAPS compartilha dessa visão. “Embora estejamos sujeitos a taxas aduaneiras de 15%, os grandes players internacionais, como a China, pagam 30%. Outro player internacional, a Índia, enfrenta 50%, o Brasil, outro produtor de referência global, também paga 50%. O México impõe 25%. Portanto, em termos de competitividade internacional, nós estamos em uma posição relativamente favorável.”

Para superar os desafios, as empresas estão investindo em sustentabilidade e inovação. “Acredito que os recursos que temos alocado em automação, robótica e práticas sustentáveis criam um novo posicionamento estratégico para nossas empresas no cenário competitivo global. Estamos realmente investindo como nunca antes. No âmbito do PRR, são 100 milhões de euros que estamos prestes a concluir em investimentos. Isso permite que nossas empresas operem com mais rapidez, agilidade e eficácia diante dos desafios apresentados pelos nossos clientes internacionais.”

O Observador está presente em Milão a convite da APICCAPS.

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