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Nove em dez cidadãos afirmam que a qualidade dos atendimentos no SNS está decaindo.

Quase 90% dos portugueses acreditam que a qualidade dos serviços oferecidos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a se
Nove em dez cidadãos afirmam que a qualidade dos atendimentos no SNS está decaindo.

Quase 90% dos portugueses acreditam que a qualidade dos serviços oferecidos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a se degradar, e a maioria teme não receber os cuidados necessários em caso de enfermidade.

Essa conclusão é parte de um estudo publicado recentemente pelo Observatório da Sociedade Portuguesa, da Behavioral Insights Unit da Católica Lisbon School of Business and Economics, que analisou as inquietações dos portugueses sobre habitação, migrações e saúde.

No que diz respeito à saúde, os dados da pesquisa realizada entre os dias 10 e 18 de julho revelam um descontentamento significativo com o funcionamento do SNS.

Dos 1.134 entrevistados, com idades variando entre 20 e 69 anos, 89,6% acreditam que a situação atual do SNS está levando a uma queda na qualidade dos serviços e 85,1% temem não conseguir a assistência adequada em caso de doença.

Adicionalmente, 84,6% expressam preocupação de que o SNS possa impactar negativamente sua qualidade de vida, e cerca de 80% estão preocupados com a possibilidade de pagar mais por cuidados de saúde.

Em relação a situações específicas, o estudo indica que 37,4% dos entrevistados mencionaram ter adiado consultas ou tratamentos devido a longos tempos de espera, um padrão que, segundo os autores, “demonstram que as listas de espera continuam a ser um obstáculo significativo” para muitos, com “implicações na equidade e na continuidade dos cuidados”.

A principal responsabilidade é atribuída ao Governo, com o desempenho sendo desaprovado por mais da metade dos entrevistados (64,2%), e a atual Direção-Geral da Saúde também enfrenta críticas de 56,8%.

Por outro lado, 57,3% expressaram contentamento com médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares.

Apesar das opiniões negativas sobre o SNS, muitos ainda não veem os seguros de saúde privados como uma alternativa viável, e cerca de quatro em cada dez não sentem a necessidade de optar por essa solução.

Assim, os gastos com saúde representam uma fração pequena do orçamento da maioria das famílias, com mais da metade dos entrevistados (62,5%) afirmando que essas despesas não ultrapassam 10% de seus rendimentos.

Em contrapartida, a questão da habitação pesa cada vez mais nas finanças mensais das famílias.

Segundo os resultados da pesquisa, 36,4% dos portugueses destina mais de 30% de sua renda familiar a aluguéis ou prestações de crédito à habitação, mas um número crescente de famílias está ultrapassando a taxa de esforço recomendada de 35%.

Comparado ao mesmo estudo realizado em julho de 2024, aumentou a proporção de pessoas que afirmam gastar, pelo menos, 41% de sua renda com aluguel ou pagamento da casa, com a maior variação ocorrendo entre aqueles que afirme gastar acima de 71% da renda, que hoje corresponde a 3,9% dos entrevistados, em oposição a apenas 0,7% no ano anterior.

O acesso à habitação é uma grande preocupação para aproximadamente metade dos portugueses, que expressam receio sobre sua capacidade de manter acesso a moradia adequada, enquanto 65,3% demonstram apreensão em relação à evolução dos preços.

<pQuanto aos fluxos migratórios, a emigração parece ser uma preocupação em declínio (41%, uma queda de 29 pontos percentuais em relação a julho de 2024), enquanto 72,4% se mostram preocupados com a imigração, embora a maioria prefira que ambos os fluxos sejam reduzidos.

Quanto à entrada de estrangeiros em Portugal, cerca de 40% dos entrevistados associam a imigração ao aumento da pressão sobre os sistemas de saúde pública e habitação, e 33,4% indicam que o mesmo efeito se aplica também à educação.

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