O novo programa de formação para magistrados teve início nesta terça-feira, com uma cerimônia no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), onde a ministra da Justiça reconheceu falhas nas questões dos testes psicológicos aplicados aos candidatos.

Todas as 181 posições disponíveis para o 42.º concurso de ingresso na formação para os tribunais judiciais e para o 12.º concurso de formação de juízes nos tribunais administrativos e fiscais foram preenchidas.

Embora o início estivesse previsto para outubro, a abertura deste curso ocorreu apenas na última terça-feira, devido a um atraso relacionado com os testes psicológicos, que exigiu uma segunda fase de avaliações.

A ministra da Justiça, ao dar destaque a esse atraso, afirmou que “este evento impactou a vida dos candidatos” e ressaltou a importância de se “analisar isso com seriedade, transparência e um espírito de melhoria contínua”.

Rita Alarcão Júdice também frisou a necessidade de entender as causas do ocorrido, identificar responsáveis e implementar as mudanças requeridas. “O objetivo é claro: prevenir a repetição de situações semelhantes e restabelecer a confiança dos candidatos”, declarou a ministra.

Em conversas com a imprensa após a cerimônia, Rita Alarcão Júdice afirmou que a tutela “não se identifica com aquelas questões”. “Não considero apropriado fazer esse tipo de perguntas a um candidato a magistrado”, acrescentou, sem entrar em detalhes.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Justiça em comunicado, o 42.º Concurso de ingresso no Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais contou com 150 candidatos aprovados, enquanto o 12.º Concurso para a formação de Juízes nos Tribunais Administrativos e Fiscais registrou 31 candidatos admitidos, totalizando 181.

Ainda nesta terça-feira, antes da cerimônia de abertura do novo curso no CEJ, a ministra da Justiça empossou o novo presidente do Centro de Estudos Judiciários, o juiz desembargador Edgar Taborda Lopes, durante um evento realizado a portas fechadas.