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O Monstro Dentro de Mim”: a aflição de Claire Danes ainda nos persuade?

A icônica expressão de tristeza de Claire Danes está de volta em um piscar de olhos. Ela aparece logo na
O Monstro Dentro de Mim”: a aflição de Claire Danes ainda nos persuade?

A icônica expressão de tristeza de Claire Danes está de volta em um piscar de olhos. Ela aparece logo na cena inicial e repetidamente ao longo dos oito episódios de O Monstro Dentro de Mim, a nova minissérie da Netflix. Isso prejudica a atuação? De forma nenhuma, muito pelo contrário. Claire Danes é uma atriz excepcional que sempre nos faz acreditar nas suas personagens solitárias, miseráveis e, por vezes, neuróticas. Poderia ser um pouco menos intensa? Poderia (e deveria) para evitar que caia no exagero e não faça o público revirar os olhos com um “lá vem ela de novo”.

Por um lado, é uma sorte que Danes nunca opte por papéis simples ou felizes, pois ela realmente brilha em personagens assim. Por outro lado, essa sensação (ou certeza) de que já vimos isso antes pode afastar alguns possíveis espectadores da série. Se nos dissessem que a protagonista é Carrie Mathison (de Segurança Nacional) aposentada e se transformou em escritora, poderíamos facilmente acreditar.

Agora, vamos à trama: tudo começa com um flashback de um acidente de carro que tira a vida de Cooper, o filho de oito anos de Agatha “Aggie” Wiggs (Claire Danes), uma aclamada escritora, vencedora do Prêmio Pulitzer. Quatro anos depois, o semblante (e a vida) de Aggie continuam em pedaços, quase tão deteriorados quanto a mansão em estado de ruína onde reside, agora completamente sozinha, apenas acompanhada de seu cachorro, Steve. O relacionamento com a esposa, Shelley (Natalie Morales), não suportou a tragédia; Aggie não consegue superar a raiva que sente em relação ao outro motorista envolvido no acidente, um jovem que alegadamente estava sob influência de álcool, Teddy Fenig (Bubba Weiler); seu trabalho está estagnado e as dívidas se acumulam; além disso, a casa, que precisa de reformas urgentes, está se desintegrando, inundada por um odor insuportável vindo dos canos deteriorados.

[o trailer de “O Monstro Dentro de Mim”:]

A monotonia dessa vida sem finalidade é quebrada com a chegada de um novo vizinho ao condomínio fechado. Nile Jarvis (Matthew Rhys) é um magnata de empreendimentos de luxo que deixou Manhattan para trás e se mudou para Long Island após ser acusado da morte de sua primeira esposa, Madison (Leila George), anos atrás. Apesar de ter sido absolvido, mantém uma expressão culpada e precisa se manter discreto, evitando causar alvoroço enquanto lidera um projeto de grande escala, Jarvis Yards, o legado da família, que uma jovem política dedicada à habitação acessível, Olivia Benitez (Aleyse Shannon), está lutando para impedir. Contudo, Nile é tudo menos discreto e, assim que se instala na nova casa, deseja construir um percurso de corrida. Aggie é a única vizinha que se opõe, pois: a) está amarga com tudo e todos; b) os cães dele a incomodaram no primeiro dia; c) não aprecia mudanças; d) precisa haver alguma justificativa para a iminente expressão de tristeza.

No entanto, há algo na aura sinistra de Jarvis que desperta a curiosidade de Aggie Wiggs, e após algum esforço da parte dele, um almoço acontece e marca o início de um jogo de gato e rato. Aggie planeja escrever um livro sobre Nile Jarvis — uma ideia que ele sugere, mas com a cautela de quem sabe que pode perder o controle da narrativa. A série consegue manter essa dinâmica interessante, mas nunca se aprofunda e vai além disso. Já vimos essa interação entre um psicopata e a entrevistadora em versões mais elaboradas (imediatamente podemos lembrar de Clarice e Hannibal Lecter de O Silêncio dos Inocentes).

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