
O Conselho de Segurança das Nações Unidas irá conduzir uma sessão extraordinária hoje, em resposta ao bombardeio israelense contra representantes do Hamas em Doha, conforme relatado por fontes diplomáticas.
Essa sessão, agendada para as 20:00 (horário de Lisboa), foi solicitada pela Argélia e pelo Paquistão, conforme indicado por fontes à agência de notícias France-Presse (AFP).
Um ataque aéreo israelense que visou o líder da delegação de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, em Doha, resultou na morte de pelo menos seis pessoas nesta terça-feira, segundo informações do movimento islâmico palestino e das autoridades do Catar.
O governo do Catar confirmou que Israel atingiu uma reunião de “diversos integrantes do gabinete político do Hamas” em um edifício residencial.
Em nota, o Hamas declarou que cinco de seus membros foram mortos no ataque israelense em Doha, apesar de nenhum deles fazer parte da sua delegação de negociações.
Além disso, um integrante das forças de segurança do Catar, Bader Saad Mohamed al-Humaidi al-Dosari, também perdeu a vida, de acordo com o Ministério do Interior do Catar, enquanto vários agentes de segurança catarianos sofreram ferimentos.
O primeiro-ministro do Catar destacou na noite de terça-feira que o ataque israelense aos representantes do Hamas em Doha “ultrapassa todos os limites da moralidade”, enfatizando que seu país se reserva o direito de reagir com firmeza à “agressão evidente”.
Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani frisou que as discussões para um cessar-fogo em Gaza estavam “avançando positivamente” nos últimos dias, revisando a proposta apresentada pelos Estados Unidos.
A ação israelense em Doha foi amplamente condenada por todos os países da região e pode comprometer os esforços de paz liderados por Estados Unidos, Egito e Catar.
Esse ataque ocorre em um momento em que as Forças Armadas israelenses se preparam para ocupar a Cidade de Gaza e desalojar centenas de milhares de seus habitantes, em uma área do enclave que a ONU já classificou como enfrentando uma crise de fome.
As negociações entre as partes giram em torno da pausa nas hostilidades, o desarmamento do Hamas e a libertação de 48 reféns mantidos por militantes palestinianos há quase dois anos, dos quais se estima que 20 ainda estejam vivos.
Após os ataques de 7 de outubro de 2023, Israel iniciou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que resultou em mais de 64 mil mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo autoridades locais sob controle do grupo islâmico, destruindo virtualmente todas as infraestruturas da região e causando uma catástrofe humanitária sem precedentes.
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