A deputada, cujo mandato está atualmente suspenso, declarou que na noite de quarta-feira a flotilha sofreu “11 explosões” que causaram “danos em quatro embarcações, uma das quais provavelmente irreparável”.

“A operação de ontem à noite não teve apenas a intenção de intimidar esta flotilha, nem se restringiu a uma estratégia de terrorismo psicológico; seu objetivo foi realmente agredir os barcos e causar danos a eles. Os mesmos artefatos explosivos que afetaram os mastros e as velas de quatro embarcações poderiam facilmente ter matado ou ferido qualquer um dos centenas de tripulantes que estavam a bordo”, alertou.

Na visão da coordenadora nacional do BE, o único fator que impede que a flotilha seja alvo “de um ataque mais severo esta noite é a capacidade de mobilização social e dos governos, e essa mobilização já trouxe resultados”.

“Na Itália, onde houve movimentação com greves, o governo italiano repudiou os ataques à flotilha de ontem e enviou um navio da Marinha para, de alguma maneira, proteger e acompanhar a flotilha. Na Espanha, o ministro das Relações Exteriores já se manifestou publicamente contra os ataques a essa flotilha e assegurou que haveria consequências”, apontou.

A bloquista, que participa da flotilha ao lado de mais dois portugueses (a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte), enfatizou que “atacar uma flotilha humanitária em águas internacionais”, “impedir a chegada de ajuda humanitária à Palestina” e “o genocídio” são crimes sob a legislação internacional.

“Estamos do lado da justiça, Israel não está”, enfatizou.

A flotilha Global Sumud, formada por cerca de 50 embarcações com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 países, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg, é considerada a maior flotilha já organizada até o momento.

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