
O Papa menciona Dorothy Day durante a audiência jubilar desde sábado, ressaltando que ela transformou a «indignação em ação»
Vaticano, 22 de novembro de 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV conduziu hoje a audiência jubilar na Praça de São Pedro, lembrando uma “heroína americana”, Dorothy Day, que criticou os modelos de desenvolvimento em seu país, que não proporcionavam “as mesmas oportunidades para todos”.
“Ela possuía uma chama interior. Dorothy Day tomou uma decisão. Ela percebeu que o modelo de desenvolvimento de sua nação não gerava oportunidades iguais para todos e entendeu que, para muitos, o sonho se tornava um pesadelo. Como cristã, sentiu a necessidade de se aproximar dos trabalhadores, migrantes e aqueles marginalizados por uma economia que prejudica”, disse o Papa.
Leão XIV destacou que Dorothy Day “escrevia e servia”, enfatizando que “é essencial juntar a mente, o coração e as mãos”.
“Ela exercia a profissão de jornalista, ou seja, pensava e fazia os outros pensarem. A escrita é vital. E a leitura, hoje mais do que nunca, é fundamental”, acrescentou.
O Papa referiu-se à opção da “heroína americana” que “oferecia refeições, distribuía roupas, vestia-se e comia como aqueles a quem ajudava”.
“Dorothy Day inspirou milhares de pessoas. Elas fundaram abrigos em muitas cidades e bairros: não grandes centros de serviços, mas locais de caridade e justiça, onde se tratavam pelo nome, se conheciam e transformavam a indignação em comunhão e ação”.
Leão XIV indicou Dorothy Day como um modelo para quem deseja ser um construtor da paz: é necessário tomar uma posição diante dos fatos e arcar com as consequências, seguindo o exemplo de Jesus, que “veio trazer o fogo” que motiva a construir a paz.
“A paz que Jesus oferece é como um fogo e exige muito de nós. Ela nos pede, acima de tudo, para que tomemos uma posição. Diante das injustiças, desigualdades, onde a dignidade humana é desrespeitada, onde aos vulneráveis é negada a voz: devemos tomar uma posição”, enfatizou o Papa.
Dirigindo-se aos participantes de língua portuguesa, Leão XIV alertou sobre a “globalização da indiferença, que parece interminável no mundo atual”.
“Alimentados pela Palavra de Deus, unamos mente, coração e mãos para fazermos a diferença na sociedade”, desafiou o Papa.
A catequese jubilar do Papa ocorreu em razão do Jubileu dos Coros, que acontece em Roma neste sábado e domingo, com mais de 100 corais inscritos, incluindo o Coral do Carmo de Beja, que participará das missas na cidade de Roma ao final da tarde; a celebração jubilar culminará com a participação na Missa, no domingo, presidida por Leão XIV.
PR
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