Chegou o segundo ato da jornada que poderá conduzir Portugal ao Mundial do próximo ano, que será realizado no Canadá, Estados Unidos e México. Esta jornada dupla tinha o potencial de fazer a Seleção Nacional atuar em casa nas duas ocasiões, podendo selar a qualificação do time de Roberto Martínez para a fase final do torneio. Para isso, Portugal precisava triunfar em ambos os jogos realizados no Estádio José Alvalade e aguardar resultados favoráveis em outros confrontos do Grupo F, que precisariam ser desfavoráveis à Arménia. Mesmo assim, a equipe das quinas contava com uma missão mais tranquila em comparação a épocas passadas, beneficiando do status de cabeça de série, da estrutura da qualificação e do sorteio em si.
Sem alterações significativas na convocação, o principal destaque foi Matheus Nunes, que fez seu retorno à Seleção portuguesa mais de um ano depois. Em relação aos jogos de setembro, Diogo Dalot, Nélson Semedo e Rafael Leão se juntaram ao meio-campista do Manchester City como novidades, enquanto João Cancelo e Nuno Tavares foram inicialmente excluídos da convocatória, embora o lateral-esquerdo tenha reingressado para substituir o lesionado João Neves. Assim, numa gestão cuidadosa das expectativas e, possivelmente, dos atletas mais utilizados por suas equipes, Portugal enfrentava a República da Irlanda, que havia conquistado apenas um ponto nos primeiros jogos da fase de qualificação.
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Portugal-República da Irlanda, 1-0
3.ª jornada do Grupo F da Qualificação Europeia para o Mundial-2026
Estádio José Alvalade, Lisboa
Árbitro: Ivan Kruzliak (Eslováquia)
Portugal: Diogo Costa; Diogo Dalot (Nélson Semedo, 62’), Rúben Dias, Gonçalo Inácio (Renato Veiga, 46’), Nuno Mendes; Rúben Neves, Bruno Fernandes (Gonçalo Ramos, 86’) e Vitinha (Rafael Leão, 62’); Pedro Neto (Francisco Trincão, 62’), Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo
Suplentes não utilizados: José Sá, Rui Silva; António Silva, João Palhinha, Pedro Gonçalves, Matheus Nunes e Francisco Conceição
Técnico: Roberto Martínez
Rep. Irlanda: Caoimhin Kelleher; Jake O’Brien, Nathan Collins, Dara O’Shea; Séamus Coleman (John Egan, 86’), Josh Cullen, Jayson Molumby, Ryan Manning; Festy Ebosele (Mikey Johnston, 64’), Chiedozie Ogbene (William Smallbone, 77’) e Evan Ferguson (Troy Parrott, 77’)
Suplentes não utilizados: Gavin Bazunu, Mark Travers; Adam Idah, Finn Azaz, Jimmy Dunne, William Ferry, Jack Taylor e Kasey McAteer
Técnico: Heimir Hallgrímsson
Golo: Rúben Neves (90+1’)
Ação disciplinar: cartão amarelo a Ebosele (18’), Bruno Fernandes (68’), Kelleher (71’), Molumby (76’), Manning (84’), Cullen (87’) e Bernardo (90+6’)
“O que realmente importa é manter o desempenho elevado e avançar passo a passo. Esta fase é estranha, não podemos cometer erros. A preparação foi adequada, e nosso foco é a República da Irlanda. Não devemos subestimá-los. Eles tiveram um jogo complicado na Armênia. Estamos esperando uma reação da República da Irlanda e é nisso que estamos concentrados. O treinamento em setembro foi similar, mas tivemos que pegar um voo em dois dias, o que nos fez perder algum tempo. É sempre essencial para revitalizar conceitos e testar novas ideias. Aqui buscamos um aspecto mais individualizado, observar quais jogadores precisam de recuperação, quem precisa de tempo em campo e tentar estar no gramado mais tempo do que o habitual. Sobre Diogo Jota? Foi uma tragédia. Estamos realmente em uma missão, uma vez que o maior sonho de Diogo era vencer o Campeonato do Mundo. Temos a responsabilidade de perseguir esse sonho, com os valores que ele representava e o que ele contribuía para a Seleção. Ele sempre será nosso guia. Fará parte desta família”, previu o técnico nacional antes do encontro.
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Desta forma, sem João Félix, que não participou nos treinos de sexta-feira devido a uma mialgia de esforço e estava incerto para a partida, e sem Nuno Tavares relacionado, Roberto Martínez fez as únicas duas substituições que precisava fazer, com Diogo Dalot assumindo o lado direito da defesa, anteriormente ocupado por João Cancelo. Rúben Dias voltou a contar com a companhia de Gonçalo Inácio, que retornou a um estádio que conhece bem, e “relegou” Rúben Neves para o meio-campo, após a saída previsível de João Neves do onze inicial. Assim, Diogo Costa, Nuno Mendes, Vitinha, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Pedro Neto e Cristiano Ronaldo mantiveram-se em campo desde o início.
Em um Estádio de Alvalade lotado, a seleção irlandesa começou com um esquema tático 5x4x1, onde Seamus Coleman e Ryan Manning recuaram para formar uma linha de três centrais, enquanto Festy Ebosele e Chiedozie Ogbene faziam as coberturas pelos flancos, deixando Evan Ferguson isolado no ataque. Como esperado, Portugal se estabeleceu rapidamente no meio-campo adversário, utilizando toda a largura do campo, com Pedro Neto e Nuno Mendes desequilibrando pelo lado esquerdo. Sem muito espaço para quebrar a defesa irlandesa, a primeira oportunidade de perigo para os lusos surgiu pelo meio, com Neves entregando a Ronaldo na entrada da área, e o capitão disparando um remate cruzado ao poste esquerdo da baliza defendida por Caoimhin Kelleher. Na sobra, Bernardo desperdiçou uma chance clara completamente sozinho (17′). Aos 21 minutos, a lembrança de Diogo Jota foi homenageada pelo público do Alvalade, que se levantou para aplaudir o internacional português, em um momento que também foi compartilhado por Heimir Hallgrímsson, técnico irlandês.
Portugal muito próximo de abrir o marcador ???? #sporttvportugal #QUALIFIERSnaSPORTTV #QualificaçãoMundial #Portugal #Irlanda pic.twitter.com/WDjv9q2QQP
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Minuto 21’ em homenagem a Diogo Jota ❤️ #sporttvportugal #QUALIFIERSnaSPORTTV #QualificaçãoMundial #Portugal #Irlanda pic.twitter.com/rlAmw0pB20
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Após Jayson Molumby tentar um remate de fora da área, por cima da baliza de Diogo, aos 25′, o jogo seguiu lento, com poucas chances, mesmo com a posse portuguesa, que persistia tentando furar a defesa adversária com passes diretos. As tentativas de longe continuaram, com Neto atirando para fora (33′) e Vitinha quase enganando Kelleher após desvio em Jake O’Brien (38′), que foi exigido em um escanteio de Bruno, com Inácio cabeceando à queima-roupa, mas Kelleher defendeu (41′). No acréscimo do primeiro tempo, Neto desequilibrou pela direita, tentou cruzar, mas a bola ricocheteou em um defensor e sobrou para Bernardo que, à beira da pequena área, atirou para uma defesa espetacular de Nathan Collins (45+1′). Assim, as equipes se retiraram para o intervalo com o placar em 0-0.
<pNo intervalo, Martínez fez uma mudança na defesa central, aparentemente devido a Inácio ter sentido um problema no joelho após um choque com Ebosele. Renato Veiga entrou em seu lugar. O segundo tempo começou com Portugal novamente dominantando, e Ronaldo teve duas chances. Na primeira, ele arriscou um chute desviado (52′), e logo em seguida fez o mesmo depois de uma jogada confusa (53′). Pouco depois, Rúben Neves apareceu em boa posição e, à entrada da área, disparou um remate certeiro que Kelleher conseguiu defender (59′). O treinador espanhol respondeu então com substituições, colocando Nélson Semedo, Francisco Trincão e Rafael Leão nos lugares de Dalot, Vitinha e Neto, passando Bernardo para o meio-campo. Hallgrímsson também fez mudanças, colocando Mikey Johnston no lugar de Ebosele.
⏱️ 65 mins
???????? Portugal 0 – 0 Irlanda ????????◉ Os portugueses já totalizam 21 tentativas de remate, 13 delas de fora da área, com apenas 3 entre os 4 certos #PORIRE #PORIRL #WCQ pic.twitter.com/duZxXRatKZ
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A Seleção continuou desinspirada, com Ronaldo mandando a bola para fora em posição promissora, após um forte cruzamento de Semedo (71′). Quase em seguida, Trincão recebeu dentro da área, com espaço, e tentou um cruzamento rápido, mas Dara O’Shea bloqueou com o braço, segundo a análise do árbitro e do VAR, resultando em um pênalti (73′). Na cobrança, Ronaldo atirou com força ao centro da baliza, Kelleher voou para seu lado direito, porém conseguiu interceptar com os pés (75′). No fim do jogo, Troy Parrott, Will Smallbone, John Egan e Gonçalo Ramos foram acionados e, na primeira vez que Parrott tocou na bola, ele cabeceou com perigo para fora (87′). No tempo de acréscimo, Trincão cruzou novamente e, em uma zona onde não costuma aparecer, Rúben Neves antecipou-se a Kelleher e cabeceou para o gol da vitória (90+1′). Este foi o primeiro gol de Neves pela Seleção, em um jogo que também marcou o retorno ao seu estádio desde a perda do amigo Diogo Jota. Com esta vitória, a classificação pode ser confirmada na terça-feira contra a Hungria.
Kelleher defendeu o pênalti de Cristiano com o pé ???? #sporttvportugal #QUALIFIERSnaSPORTTV #QualificaçãoMundial #Portugal #Irlanda pic.twitter.com/esKOi2eOzZ
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RÚBEN NEVES NAS ALTURAS ✈️ #sporttvportugal #QUALIFIERSnaSPORTTV #QualificaçãoMundial #Portugal #Irlanda pic.twitter.com/09nZXQvR64
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⚽️ FINAL ✅
???????? Portugal 1 – 0 Irlanda ????????◉ Martínez ativou o “cruzaball” (36 cruzamentos) mas apenas um saiu bem, de Trincão para Rúben Neves, e Alvalade festejou uma vitória tardia após muito pressionar os irlandeses
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