
Nicolás Maduro reagiu de forma severa à concessão do Prémio Nobel da Paz a María Corina Machado: durante um discurso nesta segunda-feira, a acusou de ser uma “bruxa demoníaca” e desafiou-a, afirmando que “#se desejam a paz, preparem-se para conquistá-la”.
Conforme relatado pelo jornal ‘El Español’, o líder venezuelano aproveitou a celebração do Dia da Resistência Indígena para ordenar a criação de “brigadas milicianas” indígenas sul-americanas como um mecanismo de defesa contra o que chamou de uma “ameaça militar dos EUA” no Caribe.
Maduro declarou que “90% da população repudia à bruxa demoníaca” Machado, e que esse mesmo índice rejeita “qualquer invasão contra a Venezuela”. O presidente assegurou ter “documentos de diversas comunidades indígenas” manifestando disposição para lutar pela “República Bolivariana”. Ao mesmo tempo, ridicularizou a paz imposta por potências estrangeiras, enfatizando a necessidade de se conquistar uma paz com “soberania, dignidade e igualdade”.
No mesmo evento, Maduro instruiu o comando da Milícia Bolivariana a acelerar a criação de milícias indígenas em todo o país, sublinhando que a ordem é “conquistar a paz” através da união nacional, militar e policial, e proteger “o direito à vida” diante do que considerou tentativas externas de desestabilizar a nação.
María Corina Machado respondeu de forma contundente: disse que os dias de Maduro estão contados e que a vitória do Nobel valida sua luta e evidencia o isolamento do regime. Em declarações ao jornal argentino ‘La Nación’, afirmou que a obsessão em conter seu ativismo reflete o medo do governo e adicionou que o apoio dos EUA no combate a cartéis e ao tráfico de drogas alterou significativamente o cenário político na Venezuela.
Machado encontra-se na clandestinidade há mais de um ano. Ela afirmou que não esperava um impacto tão grande com a concessão do prêmio e que ainda não assimilou completamente o momento. Reforçou que o governo de Maduro já começou uma trajetória de declínio sustentada apenas pela violência e pelo terror — e exigiu que o presidente deixasse o poder “com ou sem negociação”.
Segundo o ‘El Español’, Maduro concluiu seu discurso com apelos à mobilização popular, demandando que todos se preparem para defender territorialmente a Venezuela, “conquistando a paz” como uma missão nacional.
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