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Sem Biden, Zelensky e Modi: encontro de chefes do G20 inicia hoje na África do Sul

A redução da dívida nos países de baixa renda e a luta contra a desigualdade econômica são temas centrais na
Sem Biden, Zelensky e Modi: encontro de chefes do G20 inicia hoje na África do Sul

A redução da dívida nos países de baixa renda e a luta contra a desigualdade econômica são temas centrais na cúpula do G20, que começa hoje na África do Sul, contando com o boicote dos Estados Unidos.

Entre as metas definidas pela África do Sul – que pela primeira vez sedia uma cúpula desse grupo no continente africano – estão o fortalecimento da resiliência a desastres, a provisão de financiamento para uma transição energética justa e a investigação de minerais essenciais para um crescimento inclusivo e um desenvolvimento sustentável.

Além disso, a África do Sul busca iniciar um Painel Internacional sobre Desigualdade, modelado após o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a principal sugestão de um relatório coordenado por Joseph Stiglitz, laureado com o Prêmio Nobel de Economia.

Entre 2021 e 2023, o continente africano investiu 70 dólares (aproximadamente 60 euros) por pessoa em pagamentos de juros da dívida, superando os gastos com educação e saúde, que foram de 63 e 44 dólares (54 e 38 euros) por indivíduo, respectivamente, de acordo com informações da ONU.

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos teve um impacto significativo na primária presidência africana do G20, que reúne as principais economias globais e representa 85% do PIB mundial, além de cerca de dois terços da população global.

O Presidente dos Estados Unidos decretou que “nenhum membro” do seu Governo estará presente na cúpula do G20, justificando que se estão a manifestar violações dos direitos humanos contra a minoria africânder (brancos sul-africanos provenientes de colonizadores europeus), uma alegação firmemente rechaçada pela África do Sul.

A situação se agravou com as críticas repetidas e agressivas de Trump ao Governo do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

Trump enfatizou sua desconfiança em relação ao multilateralismo, do qual o G20 é um dos principais instrumentos.

No início de janeiro, ele deu início à segunda retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e posteriormente impôs tarifas às importações americanas, negociando posteriormente de forma individual com diferentes nações.

Atingida pelas tarifas mais elevadas da África Subsaariana (30%), Pretória tentou restabelecer os laços com Washington, antes de ser pressionada a agir contra a taxação: “Que pena para eles”, declarou Ramaphosa recentemente, decidido a seguir com sua agenda, com ou sem o apoio da principal potência econômica global.

Na quarta-feira, o Governo sul-africano rejeitou a posição dos Estados Unidos que impedia Pretória de invocar “um consenso” do grupo, normalmente presente na declaração final da cúpula, devido à ausência dos americanos na reunião.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que possui conexões próximas com Ramaphosa, confirmou sua presença na cúpula.

Por sua vez, os líderes da China (Xi Jinping), do México (Claudia Sheinbaum), da Rússia (Vladimir Putin) e da Argentina (Javier Milei) não estarão presentes, mas enviarão representantes.

Sem a participação dos Estados Unidos, a expectativa é de que a China, representada pelo Primeiro-Ministro Li Qiang, reforce a defesa do multilateralismo.

“A globalização econômica e o surgimento de um mundo multipolar são irreversíveis”, afirmou Li Qiang no final de outubro, durante uma cúpula regional na Ásia, pressionando pelo fim da “lei da selva” no comércio mundial.

Do lado russo, o conselheiro econômico de Vladimir Putin, Maxim Oreshkin, representará Moscovo na cúpula, que acontece sem a presença do ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

A cúpula do G20 ocorrerá no sábado e no domingo no centro de convenções Nasrec, em Joanesburgo. Este evento sinaliza o fim de um ciclo de presidências do G20 lideradas por países do Sul Global, que incluiu a Indonésia (2022), a Índia (2023) e o Brasil (2024).

A África do Sul assumiu a presidência rotativa do G20 em 1º de dezembro de 2024 e permanecerá nesse cargo até 30 de novembro deste ano, quando os Estados Unidos assumirão a liderança do grupo.

Os Estados Unidos já expressaram a intenção de focar a agenda do G20 nas questões de cooperação econômica. A próxima cúpula está programada para dezembro de 2026 em Miami, em um campo de golfe da família Trump.

Fundado em 1999, o G20 é composto por 19 países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além de dois organismos regionais: a União Europeia e a União Africana.

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