
O líder da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, declarou neste sábado que o Congresso, que está a ser realizado em Alcobaça, deve constituir um marco decisivo para a área, que necessita da valorização profissional e da dignificação das associações.
“A tarefa dos bombeiros portugueses é demasiado ilustre para ser condicionada por limitações ou pela indiferença”, frisou António Nunes durante o seu discurso de abertura do 45.º Congresso Nacional da LBP.
António Nunes instou o setor a batalhar: “Pela modernização dos nossos recursos, pela valorização das carreiras dos bombeiros, pela dignificação das nossas associações de ajuda e do voluntariado que as sustenta”.
No evento, aberto neste sábado pelo primeiro-ministro, Luis Montenegro, em Alcobaça, no distrito de Leiria, o presidente da Liga enfatizou que “a função dos bombeiros portugueses é demasiado sublime para ficar à mercê de limitações, da burocracia ou da indiferença”, argumentando que “este congresso deve ter a determinação e a ambição de se tornar um ponto de viragem”.
Na visão de António Nunes, os bombeiros portugueses não devem mais aceitar “diagnósticos repetitivos, sem soluções claras e consensuais”, apontando que chegou o momento de “exigir ação”.
“Não temos mais espaço para a passividade”, afirmou, convocando os cerca de 700 participantes presentes a “lutar pela justiça, pela dignidade e pelo reconhecimento” que considera merecido pelos bombeiros, um setor cujo empenho não deve ser “subestimado” e que não pode aceitar “ajudas insuficientes, promessas adiadas e reconhecimentos que jamais chegam”.
Reconhecendo que a indignação dos bombeiros portugueses “é válida e oportuna”, o presidente da LBP afirmou que esses profissionais “estão extremamente preocupados, céticos, e precisam de reencontrar motivos para crer” na implementação de um vasto leque de medidas que assegurem a sobrevivência da área.
A LBP reivindica ações relacionadas ao financiamento das corporações, à valorização de carreiras e aos apoios ao voluntariado, assuntos que serão debatidos nas 16 moções ao longo dos dois dias de congresso, envolvendo membros da direção e comando das associações humanitárias de todo o país.
Denominado neste sábado como “o congresso da afirmação”, o encontro poderá resultar na definição de ações de protesto, que podem incluir manifestações públicas junto dos órgãos de soberania ou a deposição de capacetes na escadaria da Assembleia da República, e uma paralisação em que, durante alguns minutos, os bombeiros não respondem a ocorrências.
A Liga é composta por 436 associações humanitárias de bombeiros que operam em todo o país.
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