St. Juste publicou uma mensagem nas redes sociais, na qual se manifesta sobre o seu afastamento da equipe principal do Sporting. O defensor passará a treinar na equipe B dos leões.

O jogador neerlandês fez severas críticas à maneira como o clube leonino tem tratado a sua situação, afirmando que soube do rebaixamento para a equipe B através da mídia.

Leia a íntegra da mensagem

“Nos últimos meses, muito se falou e escreveu sobre a minha situação no Sporting. Sinto que é hora de expor meu lado da história de forma clara.

No início do período de transferências, o clube me comunicou que não era necessário sair, já que o treinador contava comigo para esta temporada. Porém, quando a temporada teve início, fui repentinamente excluído do plantel. Ninguém, nem a comissão técnica nem a direção, entrou em contato comigo a respeito disso. Em vez disso, fui ignorado. Ao mesmo tempo, meus irmãos, que também atuam como meus agentes, receberam uma ligação do clube informando que desejavam me vender devido ao meu contrato prestes a expirar.

Depois de um ano no Sporting, tive a oportunidade de me transferir para um grande clube na Alemanha, mas o Sporting deixou claro que não estava disposto a me vender e manteve-me sob contrato. Eu compreendi essa decisão e nunca causei problemas ou fui desrespeitoso por conta disso.

Apesar do meu amor pelo Sporting e da tristeza por ainda não ter conseguido oferecer aos torcedores o que eles merecem devido a lesões, percebi a mensagem que estava sendo passada. Nas semanas finais da janela de transferências, trabalhamos arduamente para encontrar uma solução. Fiz uma viagem a Osasuna para conhecer o clube, mas as questões contratuais e legais tornaram impossível concretizar o acordo. Com vários clubes alemães, cheguei a um entendimento pessoal, mas o Sporting só aceitou os termos com o Union Berlin. Durante uma semana, estive preparado para a mudança, apenas aguardando o sinal verde para partir. Dois dias antes do prazo, fui informado de que um jogador deveria ser vendido primeiro. Isso não ocorreu, e a transferência falhou.

Logo surgiram boatos na imprensa alegando que eu tinha rejeitado o contrato por motivos financeiros. Isso é completamente falso. Eu já havia concordado pessoalmente há mais de uma semana.

Após isso, finalmente tive uma conversa direta com a direção. Expliquei que agora havia uma oportunidade real de eu permanecer, especialmente porque minha filha estava prestes a nascer aqui em Lisboa, algo que é muito significativo para mim. A direção compreendeu e afirmou claramente: ‘Você tem um contrato com o Sporting, então pode ficar se desejar.’

Hoje, treinei com alegria ao lado dos meus companheiros. Entretanto, ao voltar para casa, fui bombardeado com mensagens. Através da imprensa, tomei conhecimento de que havia sido transferido para a equipe B. Descobri isso pelos jornais. Um pouco mais tarde, meu irmão foi contatado pela direção, que informou que eu ficaria na equipe B ou buscaria opções no Médio Oriente. Isso aconteceu apenas dias após me dizerem que compreendiam plenamente se eu optasse por permanecer e me concentrar no nascimento da minha filha.

Respeito o clube, o treinador e, acima de tudo, os torcedores, e peço apenas o mesmo respeito em troca.

Vou me dobrar, mas jamais serei quebrado; o verde e branco corre em minhas veias. Por isso, irei vestir a camisa da equipe B com orgulho.”