Este foi o primeiro troféu da nova temporada e também a inauguração de um novo ciclo para ambas as equipas. No Estádio António Coimbra da Mota, em Estoril, Benfica e Torreense competiam pela Supertaça, marcando o início do futebol feminino em Portugal, cientes de que muita coisa mudou desde a sua última disputa há cerca de quatro meses na final da Taça de Portugal.
A Supertaça, por consequência, representava uma forma de desforra para o Benfica, que foi surpreendido pelo Torreense na conquista da Taça de Portugal no Jamor em maio. As encarnadas também perderam Filipa Patão, que foi para os Estados Unidos, com Ivan Baptista assumindo a liderança técnica da equipe, além de terem despedido Andreia Faria e Jody Brown. Por outro lado, reforços de peso como Ana Borges, Diana Silva e Diana Gomes chegaram, juntamente com Caroline Møller, ex-Real Madrid, além de Carissa Boeckmann e Salomé Prat.
“Do outro lado, encontramos uma equipe forte, que não perde há muitos jogos oficiais e cuja última conquista de troféu em Portugal ocorreu recentemente. É um confronto de forças. A direção do jogo é incerta, mas a nossa abordagem e atitude diante desse desafio será sempre a mesma, seja na Supertaça, no Campeonato ou em qualquer outra competição”, observou o treinador das águias, que comanda a equipe pentacampeã nacional e que também conquistou a Taça da Liga na temporada passada.
Pelo lado do Torreense, Gonçalo Nunes enfrentava a complicada missão de dar continuidade ao trabalho de uma temporada passada em que a equipe terminou no quarto lugar da Liga BPI, chegou até as semifinais da Taça da Liga e sagrou-se campeã da Taça de Portugal. O crescimento do elenco levou à saída de algumas jogadoras, como Salomé Prat para o Benfica, e Samara Lino para o Sporting, enquanto Nair Pina e Beatriz Pedras reforçaram o Sp. Braga. No entanto, chegaram novas jogadoras como Gerda Konst, Vera Cid, Nicole Nunes, Carolina Jóia e Gabi Gonçalves, estas últimas vindo do Damaiense.
“Entramos sempre acreditando que este pode ser novamente o nosso dia. Para isso, é fundamental estarmos seguros e aptos a superar as diferenças, de acordo com os históricos. Devemos jogar o jogo pelo jogo e entrar com a confiança de que a vitória é possível. Temos consciência de quem enfrentamos, pois todos partilham dessa percepção”, mencionou o técnico do Torreense.
Diana Silva marca logo no primeiro minuto em sua estreia oficial pelo Benfica ????pic.twitter.com/2NE3XdHWVF
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Assim, neste domingo, sem as lesionadas Ana Borges, Pauleta e Andreia Norton, Ivan Baptista optou por escalar Diana Silva e Lúcia Alves para apoiar Chandra Davidson, com Nycole Raysla atuando em uma posição mais recuada, próximo de Beatriz Cameirão. Do outro lado, Gonçalo Nunes posicionou Maile Hayes e Janaina Weimer no ataque, contando com a internacional portuguesa Carolina Correia para liderar as ações defensivas.
O Benfica começou em vantagem, quando Diana Silva marcou logo nos primeiros segundos em sua estreia com a camisa encarnada, após um passe preciso de Nycole Raysla pela direita (1′). O Torreense levou um tempo para se ajustar à boa entrada da equipe adversária, enfrentando dificuldades para penetrar no último terço do campo rival, mas conseguiu empatar ainda no primeiro quarto de hora, através de um escanteio cobrado por Gerda Konst (11′).
A equipe treinada por Gonçalo Nunes ganhou confiança com o gol e começou a pressionar o Benfica, conseguindo a virada perto do intervalo: Paloma cobrou uma falta pela esquerda, e Lena Pauels fez a defesa, mas Jesi Rossman apenas teve que empurrar para marcar o gol (37′). Antes do fim da primeira parte, Marit Lund ainda acertou a trave (44′), e Lúcia Alves marcou novamente (45′), mas o VAR anulou o gol por impedimento no início da jogada.
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Os treinadores mantiveram as mesmas formações ao retornar para o segundo tempo e o Benfica recomeçou forte, com as linhas mais adiantadas e inúmeras investidas em direção ao gol adversário — destacando-se um tiro de fora da área de Beatriz Cameirão que exigiu uma grande defesa de Janny Belém (50′). Ivan Baptista fez alterações logo em seguida, trazendo Cristina Martín-Prieto e Caroline Møller, recuando Lúcia Alves para a lateral direita da defesa.
O tempo foi passando, e as encarnadas continuaram dominando, mas com pouca efetividade nas finalizações e enfrentando dificuldades na zona ofensiva, levando Ivan Baptista a realizar a terceira substituição, trocando Beatriz Cameirão por Carolina Tristão. Martín-Prieto teve uma baita chance de marcar ao receber e concluir na área, mas Janny Belém fez a defesa (67′). Em resposta, Gonçalo Nunes colocou em campo Nicole Nunes e Ava Seelenfreund.
Marit Lund novamente levou perigo em uma falta direta, com um chute que passou muito próximo do travessão (71′), e Ivan Baptista esgotou suas opções de substituição ao incluir Salomé Prat, a ex-jogadora do Torreense que havia decidido a Taça de Portugal a favor do time de Torres Vedras, enquanto Gonçalo Nunes apostou em Rafaela Rufino e Daniuska Rodríguez. A última teve uma oportunidade de ampliar a vantagem, mas sua finalização de fora da área foi para o lado (79′), sem que mais nada mudasse até o apito final.
O Torreense suportou a pressão até o fim e conquistou a Supertaça feminina pela primeira vez na sua história, levantando seu segundo troféu em tão pouco tempo e solidificando ainda mais a união de um projeto que promete avanços. No início deste novo capítulo, Ivan Baptista não conseguiu dar sequência aos êxitos de Filipa Patão e começou a temporada com um revés.
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