O interior dos automóveis contemporâneos está passando por uma evolução acelerada, e um componente que até pouco tempo atrás era considerado essencial está à beira da extinção: a janela traseira. Essa transformação já é perceptível no Polestar 5, o primeiro modelo comercializado sem esse tipo de vidro, e deve se tornar uma característica comum nas futuras gerações de veículos elétricos, de acordo com o ‘El Economista’.

A remoção da janela traseira altera a noção tradicional de visibilidade e iluminação. Os carros-conceito, como o Audi Concept C, o Renault Emblème e o Jaguar Type 00, apresentam tetos panorâmicos amplos e janelas laterais reduzidas, criando um ambiente interno visualmente claro, porém potencialmente claustrofóbico. O papel do retrovisor é substituído por câmeras externas que exibem as imagens em um visor digital, uma inovação tecnológica que ainda causa certa apreensão entre alguns motoristas, devido à sensação distorcida e à dificuldade em avaliar distâncias com precisão.

A justificativa dos fabricantes se concentra em design, aerodinâmica e diminuição do peso, mas especialistas ressaltam que a tecnologia alternativa ainda possui limitações. Em várias situações, a eliminação do vidro convencional torna o motorista dependente de sistemas eletrônicos que podem falhar, levantando preocupações sobre segurança e conforto ergonômico.

O Polestar 5 ilustra essa tendência, indicando que o vidro traseiro pode deixar de ser um padrão. Para os motoristas, essa modificação requer adaptação aos retrovisores digitais e a uma experiência de condução distinta, enquanto os designers continuam a priorizar a estética e inovações tecnológicas.

Conforme os veículos elétricos evoluem, os fabricantes parecem cada vez mais inclinados a adotar soluções que valorizam a modernidade e a eficiência, mas que alteram aspectos fundamentais da condução tradicional. A aceitação do público será crucial para a integração dessa nova abordagem, que promete transformar completamente o interior dos automóveis do futuro.