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Um ancestral feroz de crocodilo que caçava antes dos dinossauros foi descoberto.

Um réptil carnívoro recentemente descoberto pode parecer um dinossauro à primeira vista, mas os pesquisadores confirmaram que ele era, na
Um ancestral feroz de crocodilo que caçava antes dos dinossauros foi descoberto.

Um réptil carnívoro recentemente descoberto pode parecer um dinossauro à primeira vista, mas os pesquisadores confirmaram que ele era, na verdade, um ancestral precoce dos crocodilos modernos.

A espécie foi nomeada Tainrakuasuchus bellator, uma denominação que deriva parcialmente da palavra latina para “guerreiro” ou “lutador.” Este animal blindado viveu há 240 milhões de anos, em uma época anterior ao surgimento dos dinossauros.

Como membro do Pseudosuchia (os precursores dos crocodilos e jacarés atuais), ele fazia parte de um grupo de predadores dominantes que prosperaram no Período Triássico.

Tamanho, Habilidades de Caça e Papel no Ecossistema Primordial

Os detalhes da descoberta foram divulgados na revista revisada por pares Journal of Systematic Palaeontology. De acordo com o estudo, o criador media cerca de 2,4 metros de comprimento e pesava aproximadamente 60 quilos.

Seu longo pescoço e corpo ágil permitiam que ele se lançasse rapidamente sobre suas presas. Quando se aproximava, utilizava mandíbulas delgadas cheias de dentes afiados e curvados para capturar seu alvo e evitar a fuga.

“Este animal era um predador ativo, mas apesar de seu tamanho relativamente grande, estava longe de ser o maior caçador de seu tempo, com o mesmo ecossistema abrigando gigantes de até sete metros de comprimento,” explica o autor principal, Dr. Rodrigo Temp Müller, que liderou a equipe de paleontologia da Universidade Federal de Santa Maria no Brasil.

“Os Pseudosuchia eram um grupo diverso de animais capazes de enfrentar presas robustas, além de pequenos caçadores especializados em capturar animais ágeis.”

“Embora sua aparência lembre superficialmente a de um dinossauro, Tainrakuasuchus bellator não pertence a esse grupo. Uma das maneiras mais claras de distingui-lo dos dinossauros está na estrutura da pelve, onde as características de suas articulações de quadril e fêmur são muito diferentes.”

Um Vislumbre da Biodiversidade Pré-Dinossauriana

Dr. Müller observa: “Tainrakuasuchus bellator representa a complexidade do ecossistema da época, com diferentes espécies de pseudosuchia — variando em tamanhos e estratégias de caça — ocupando nichos ecológicos específicos.

“Sua descoberta ajuda a iluminar um momento chave na história da vida, o período que precedeu a ascensão dos dinossauros.”

Os fósseis foram encontrados durante uma escavação em maio de 2025 no município de Dona Francisca, no sul do Brasil. A equipe descobriu um esqueleto parcial envolto em rocha, que incluía partes da mandíbula inferior, vértebras e a cintura pélvica.

A análise dos ossos revelou detalhes sobre o comportamento do animal e confirmou que Tainrakuasuchus bellator era protegido por placas ósseas chamadas osteodermos, que também são encontradas nos crocodilos atuais.

Embora suas pernas não tenham sido preservadas, os pesquisadores acreditam que se movia em quatro patas, semelhante a espécies relacionadas.

Significado do Nome

O nome ‘Tainrakuasuchus’ combina as palavras guaranis tain (“dente”) e rakua (“pontudo”) com o grego suchus (“crocodilo”), referindo-se aos seus dentes afiados.

A segunda parte, ‘bellator’, vem do latim “guerreiro” ou “lutador” e, de acordo com os autores, “honra o povo do Rio Grande do Sul, simbolizando sua força, resiliência e espírito de luta, especialmente em face das recentes inundações que afetaram o estado.”

Fósseis Raros com Conexões Através da Antiga Pangeia

Dr. Müller descreve a descoberta como “extremamente rara” e afirma que fornece mais evidências sobre a conexão antiga entre o Brasil e a África durante o Período Triássico — quando as massas terrestres do mundo estavam unidas no supercontinente Pangeia.

“Apesar da diversidade dos pseudosuchianos, eles continuam pouco compreendidos, pois os fósseis de algumas de suas linhagens são extremamente raros no registro fóssil,” diz Dr. Müller.

“Os fósseis que encontramos passaram por um meticuloso processo de preparação no laboratório, durante o qual a rocha circundante foi cuidadosamente removida.

“Uma vez que os detalhes anatômicos foram revelados, ficamos encantados e realmente empolgados ao descobrir que o espécime representava uma espécie previamente desconhecida para a ciência.

“O que encontramos foi uma espécie que pertence a um predador intimamente relacionado a um (Mandasuchus tanyauchen) encontrado na Tanzânia.

“Essa conexão entre animais da América do Sul e da África pode ser entendida à luz da paleogeografia do Período Triássico.

“Naquela época, os continentes ainda estavam unidos, o que permitiu a dispersão livre de organismos entre regiões atualmente separadas por oceanos. Como resultado, as faunas do Brasil e da África compartilhavam vários elementos comuns, refletindo uma história evolutiva e ecológica entrelaçada.

Tainrakuasuchus bellator teria vivido em uma região adjacente a um vasto deserto árido — o mesmo ambiente onde os primeiros dinossauros surgiram.

“Isso demonstra que, no que é hoje o sul do Brasil, os réptiles já haviam formado comunidades diversas adaptadas a várias estratégias de sobrevivência. Além disso, essa descoberta revela que tal diversidade não era um fenômeno isolado.”

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