Diversas celebrações marcam a canonização dos jovens Pier Giorgio Frassati (1901-1925) e Carlo Acutis (1991-2006)

Lisboa, 06 set 2025 (Ecclesia) – O Papa canonizará neste domingo os jovens Pier Giorgio Frassati (1901-1925) e Carlo Acutis (1991-2006), que são venerados em várias paróquias católicas em Portugal, enfatizando a conexão com as novas gerações.

A paróquia de Famalicão da Serra, na Guarda, celebrará a canonização do jovem Carlo Acutis com uma missa, durante a qual será abençoada uma imagem do novo santo, que vem da Itália.

Na celebração marcada para as 10h00, na igreja de Famalicão da Serra, um grupo de adolescentes realizará a profissão de fé, que havia sido programada para 27 de abril, mas foi “suspensa e adiada após o falecimento do Papa Francisco”, conforme informou a Diocese da Guarda à Agência ECCLESIA.

A Paróquia de Santa Maria de Duas Igrejas, em Vila Verde, na Arquidiocese de Braga, também planejou um conjunto de festividades em honra a Carlo Acutis, que ocorrerão entre 1 e 7 de setembro.

“A igreja de Duas Igrejas tornou-se um espaço de adoração e peregrinação, onde os devotos encontram o conforto e a esperança que buscam. Embora existam várias igrejas que veneram Carlo Acutis, a paróquia de Duas Igrejas foi a primeira a cultuá-lo em Portugal”, explicou a paróquia em um comunicado à Agência ECCLESIA.

Carlo Acutis (1991-2006) faleceu aos 15 anos, vítima de leucemia, na cidade de Monza (Itália), sendo desde então considerado um exemplo de santidade e um “talento” em informática.

No domingo, a missa na paróquia de Duas Igrejas será presidida pelo arcebispo emérito de Braga, D. Jorge Ortiga, e ao final, os sinos anunciarão “a validação da santidade de Carlo Acutis”.

A comunidade possui duas relíquias do jovem italiano, que é o “padroeiro da catequese”: uma de primeiro grau – um fio de cabelo – no altar-relicário, que foi instalado em 18 de junho de 2023, e foi “oferecida para a promoção de Carlo Acutis em Portugal e no mundo”, além de outra em segundo grau, que é um pedaço de sua vestimenta.

Em 2023, uma relíquia do beato Carlo Acutis foi instalada, neste domingo, na Capela de Nossa Senhora dos Remédios, em Arco de Baúlhe, Arquidiocese de Braga.

O Oratório de São Josemaria, em Lisboa, também está comemorando a canonização do jovem italiano com uma exposição sobre milagres eucarísticos, elaborada pelo futuro santo e traduzida para o português pela instituição.

Carlo Acutis é uma referência e um “modelo muito contemporâneo” para o Grupo de Jovens Acutis da Paróquia da Baixa da Banheira (Diocese de Setúbal), que o elegeu como seu patrono após a JMJ Lisboa 2023.

“A mensagem de Carlo Acutis é extremamente atual, conecta-se com as novas tecnologias. Somos um grupo de jovens que estão todos conectados, e como jovens cristãos, decidimos ‘mostrar ao mundo o que fazemos através das novas tecnologias’, sempre seguindo o exemplo de Cristo e nos inspirando em Carlo Acutis”, contou a coordenadora do grupo à Agência ECCLESIA.

No Santuário da Senhora da Serra, em Rebordãos (Bragança), a unidade pastoral São Bento da Diocese de Bragança-Miranda construiu um painel de Carlo Acutis utilizando a técnica de mosaico romano.

O Grupo de Jovens da paróquia de Vilarinho das Cambas (Famalicão), na Arquidiocese de Braga, organizou em julho uma vigília de oração em homenagem ao Beato Pier Giorgio Frassati, reconhecendo-o como um modelo a ser seguido.

“[Pier Giorgio Frassati] para nós é um exemplo, especialmente uma inspiração que nos indica que estamos seguindo o caminho certo e a divulgação de sua mensagem é um grande momento para nós, que traz uma grande responsabilidade”, declarou Diogo Cardoso, um dos membros do grupo, à Agência ECCLESIA.

O futuro santo, que também foi um dos patronos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, levava uma vida comum como qualquer jovem, gostava de esportes, cantar, escalar montanhas e tinha um imenso carinho pelos necessitados.

“Era uma vida normal de um cristão comum, mas ele se entregou completamente e faleceu devido ao serviço prestado aos pobres”, acrescentou o pároco de Vilarinho das Cambas, padre António Machado, lembrando que o beato contraiu poliomielite, uma doença infecciosa que, segundo os médicos, pegou por sua dedicação aos enfermos.

LJ/CB/OC

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