
O Dia Internacional do Turismo apresenta «Transformação Sustentável» como a temática central a ser comemorada em 27 de setembro
Lisboa, 26 de setembro de 2025 (Ecclesia) – Maria Calado, dirigente do Centro Nacional de Cultura (CNC), entidade que supervisiona o projeto Caminhos de Fátima, discute a importância da “coesão territorial” e da “valorização do patrimônio” que emergem deste projeto iniciado em 1996.
“Tem sido uma jornada extremamente valiosa e temos percebido que, não apenas neste projeto, mas em todos, é fundamental o trabalho com as comunidades locais, sejam estas de pequena ou grande escala, porque são as pessoas que conhecem os acessos, as condições do terreno e podem realizar a limpeza e a manutenção, mas trata-se de uma rede mais ampla”, explica a presidente do CNC.
A UNESCO sugeriu que a celebração do Dia Internacional do Turismo, que ocorre em 27 de setembro, tenha este ano como foco o tema «Turismo e Transformação Sustentável».
Como exemplo, Maria Calado menciona a metamorfose de antigas instalações que, “em tempos eram escolas, por exemplo”, que hoje se tornaram albergues oferecendo acomodações para os peregrinos dos Caminhos.
“Isso acontece com frequência no norte do país, mas cada vez mais estão surgindo albergues que representam novas opções de hospedagem. A coesão territorial é, sem dúvida, um dos grandes ensinamentos que este projeto proporciona, destacando a relevância da vivência local”, comenta.
“Alguns deles, por exemplo, são antigas residências, ou combinações de antigas moradias com um projeto arquitetônico bem elaborado e funcional, incluindo antigas escolas que foram desativadas, transformando-se em espaços que possuem uma nova dimensão e escala. Isso está ganhando um grande impulso e há também uma crescente conscientização local sobre como isso pode ajudar a revelar os territórios, suas identidades e expressões”, acrescenta.
Maria Calado também enfatiza o patrimônio natural, que se configura como “patrimônio imaterial”, refletindo memórias “locais” que os Caminhos de Fátima pretendem ressaltar.
O primeiro percurso, conhecido como ‘Caminho do Tejo’, e desde 1996 surgiram o ‘Caminho do Norte’, ‘Caminho da Nazaré’, ‘Caminho do Médio Tejo’, ‘Caminho dos Candeeiros’, ‘Caminho do Centenário’ e ‘Rota carmelita’.
Cada ‘Caminho’, segmentado em diversas etapas, busca unir as trilhas naturais e o patrimônio cultural e religioso presentes no percurso, oferecendo ao peregrino uma experiência abrangente.
“Há um compromisso em garantir qualidade, coerência e rigor absoluto, além da habilidade de conectar elementos que à primeira vista não parecem ter ligação”, observa.
“Os caminhos de Fátima são diversos, como indica seu próprio nome, mas possuem também a capacidade de integrar um leque de valências essenciais, promovendo uma profunda conexão entre o peregrino e o ambiente que atravessa”, reafirma.
A conversa com Maria Calado estará em destaque no programa ECCLESIA, que será transmitido neste sábado na Antena 1, às 06h00.
LS
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