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Como este curioso ser escapou do envelhecimento

Cientistas acreditam que a impressionante longevidade dos rato-toupeira pelados pode estar relacionada a sutis alterações em apenas quatro aminoácidos. Um
Como este curioso ser escapou do envelhecimento

Cientistas acreditam que a impressionante longevidade dos rato-toupeira pelados pode estar relacionada a sutis alterações em apenas quatro aminoácidos. Um estudo recente revelou que pequenas mutações evolutivas na cGAS — uma enzima do sistema imunológico inato que identifica o DNA e ativa as defesas imunológicas — poderiam tornar esses animais mais eficazes na reparação de danos genéticos relacionados à idade. Em contrapartida, a mesma enzima em camundongos e humanos pode, de fato, prejudicar a reparação do DNA.

Apesar de sua aparência enrugada e quase alienígena, os rato-toupeira pelados (Heterocephalus glaber) são notáveis entre os roedores, vivendo até 40 anos, ou cerca de dez vezes mais do que a maioria dos animais de seu porte. Surpreendentemente, seu código genético se assemelha mais ao dos humanos do que ao dos camundongos, tornando-os uma espécie crucial para estudar como organismos mantêm a saúde por longos períodos. Um elemento crucial da longevidade é a capacidade de preservar a estabilidade do genoma. Contudo, como os rato-toupeira pelados conseguem manter seu DNA tão resiliente permanece em grande parte incerto.

Como os Rato-Toupeiras Pelados Protegem Seu DNA

Um processo fundamental na manutenção da integridade do DNA é a recombinação homóloga (HR), uma via que corrige quebras genéticas. Quando esse processo falha, pode acelerar o envelhecimento e aumentar o risco de câncer. Em humanos e camundongos, a enzima sensora de DNA cGAS (cíclico guanosina monofosfato-adenosina monofosfato sintase) é conhecida por interferir na reparação de HR, o que pode levar à instabilidade genômica e a uma vida mais curta.

Para entender se os rato-toupeira pelados encontraram uma forma de contornar essa limitação, Yu Chen e seus colegas investigaram o comportamento da cGAS nessa espécie. Os pesquisadores descobriram que quatro substituições de aminoácidos na cGAS do rato-toupeira pelado reduzem a marcação da proteína para degradação, permitindo que ela permaneça ativa por mais tempo e se acumule após danos no DNA. Essa estabilidade possibilita à enzima interagir de maneira mais eficaz com proteínas essenciais para a reparação do DNA, como FANCI e RAD50, fortalecendo o processo de reparo HR.

Mutações Evolutivas Que Prolongam a Vida

Quando os cientistas removeram a cGAS das células dos rato-toupeira pelados, a quantidade de danos no DNA aumentou drasticamente, confirmando o papel protetor da enzima. De maneira ainda mais impressionante, moscas-da-fruta geneticamente modificadas para portar as mesmas quatro mutações específicas do rato-toupeira pelado na cGAS humana viveram mais do que aquelas com a versão normal da enzima.

Esses achados sugerem que apenas algumas modificações moleculares precisas podem ajudar a explicar por que os rato-toupeira pelados vivem tanto. As mutações parecem transformar a cGAS de um potencial inibidor em um poderoso aliado da reparação do DNA, oferecendo aos animais um mecanismo natural para combater os efeitos do envelhecimento.

Uma Nova Pista na Busca pela Longevidade

“As descobertas de Chen et al. descrevem um papel inesperado da cGAS do rato-toupeira pelado no núcleo que influencia a longevidade,” escrevem John Martinez e colegas em uma Perspectiva relacionada. “Mais pesquisas serão necessárias para estabelecer os papéis que a cGAS pode desempenhar no núcleo de outros organismos, tanto de vida curta quanto longa, mas a resposta pode ser substancialmente mais complexa do que originalmente previsto.”

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