
O mecânico Juan José Ebenezer, do ateliê ‘Talleres Ebenezer’, desfez a crença de que a cor de um carro diz respeito apenas à estética. Em um vídeo recente publicado nas redes sociais, ele esclareceu que veículos de tonalidades escuras podem alcançar temperaturas bem mais altas em comparação às versões claras, o que impacta o conforto, o consumo de combustível e o desgaste.
Ebenezer ressaltou que as cores claras são mais eficazes em refletir uma parte significativa das radiações solares, enquanto as escuras tendem a absorver. Dessa forma, um carro preto deixado ao sol acumula calor, elevando consideravelmente a temperatura interna. “Você pode não perceber a importância até que você vá, durante o verão, buscar o carro após um dia na praia e a sensação térmica seja de um verdadeiro forno por dentro”, comentou ele. Esse aumento de temperatura exige um esforço maior do sistema de ar-condicionado, resultando em um consumo maior de combustível e diminuindo o conforto dos passageiros.
@talleresebenezer EL COLOR importa MÁS de lo que CREES👀‼️ #mecanico #refrigerante #cuidado#mantenimiento #mecanicodeltiktok ♬ sonido original – Juan José Ebenezer
Cuidados, desgaste e pintura
Além dos efeitos térmicos, o mecânico enfatizou que os materiais de veículos em cores escuras estão mais suscetíveis às radiações solares, o que acelera o desgaste da pintura e prejudica o brilho e a longevidade do acabamento. “A temperatura de uma pintura que se aquece excessivamente não é a mesma de uma que tenta refletir a luz. A variação térmica pode ser bastante significativa”, elucidou. Por esse motivo, ele aconselhou que a escolha da cor do veículo leve em consideração o clima da região e o nível de exposição solar que o carro enfrentará.
Um estudo recente da Universidade de Lisboa revelou que veículos de tonalidades escuras estacionados sob o sol podem elevar a temperatura ao redor em até 3,8°C em dias quentes.
Esse fenômeno ocorre porque as cores escuras absorvem a maior parte da radiação solar, enquanto as tons claros a refletem. De acordo com a pesquisa liderada por Márcia Matias, pinturas brancas ou prateadas podem refletir entre 75% e 85% da luz solar, enquanto opções pretas ou muito escuras refletem apenas cerca de 5% a 10%.
O resultado prático é que a superfície do carro aquece rapidamente, irradiando calor para o ar à sua volta, e, quando muitos veículos estão estacionados, isso pode intensificar o fenômeno da “ilha de calor urbana”.
Em Portugal, a cor preta é a segunda mais escolhida entre os novos automóveis, representando cerca de 26,7% das estatísticas de cores em dados civis por país na Europa. Esse alto índice de tons escuros indica que muitos motoristas portugueses podem enfrentar as desvantagens térmicas relacionadas, especialmente em cidades que têm verões intensos e longos períodos de exposição ao sol.
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