
O Papa Leão XIV reafirma sua chamada à oração pela paz
Vaticano, 05 de novembro de 2025 (Ecclesia) – O Papa hoje mencionou a crise em Mianmar, pedindo a ação da comunidade global.
“Convido todos a se juntarem a mim em oração por aqueles que estão sendo impactados por conflitos armados ao redor do planeta. Em especial, lembro de Mianmar e encorajo a comunidade internacional a não esquecer o povo birmanês e a oferecer a ajuda humanitária necessária”, afirmou Leão XIV, ao final da audiência pública semanal na Praça de São Pedro.
A atual violência em Mianmar (anteriormente conhecida como Birmânia) é uma guerra civil que escalou desde o golpe militar de 1º de fevereiro de 2021.
A declaração ocorreu horas após o Papa ter respondido a perguntas de jornalistas ao deixar a residência papal em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma, onde discutiu temas como o conflito EUA-Venezuela, a guerra no Oriente Médio e os direitos de migrantes detidos nos Estados Unidos.
Na terça à noite, Leão XIV expressou sua preocupação com as “tensões” recentementes registradas nas proximidades da Venezuela, relacionando-se ao envio de fuzileiros navais dos EUA para o Caribe.
“Acredito que a violência não trará triunfos”, alertou, explicando que momentos antes leu uma notícia sobre a aproximação de embarcações de guerra à costa venezuelana.
“O essencial é buscar o diálogo, encontrar uma forma justa de solucionar os problemas que possam existir em qualquer nação”, completou.
Quando interpelado sobre a situação no Oriente Médio, onde o cessar-fogo enfrenta riscos devido aos novos bombardeios israelenses em Gaza, o Papa reconheceu que a paz é “muito delicada”, mas elogiou o fato de que a primeira fase do acordo de paz, assinado em 10 de outubro, “ainda permanece em vigor”.
“É crucial discutir como avançar para a segunda fase, examinando as questões governamentais e como garantir os direitos de todos os povos”, frisou.
Leão XIV descreveu a situação na Cisjordânia e a presença de colonos como “complicada”, observando que “Israel às vezes diz uma coisa, mas age de maneira diferente”.
O portal de notícias do Vaticano destacou que o pontífice também foi indagado sobre Chicago, sua cidade natal, onde as autoridades baniram os padres católicos de dar comunhão aos migrantes detidos.
“Muitas pessoas que viveram longos anos sem qualquer problema foram severamente impactadas pelo que está acontecendo agora”, lamentou, solicitando que as “necessidades espirituais” das pessoas detidas sejam respeitadas.
Os repórteres também perguntaram sobre o caso de um trabalhador de 66 anos que faleceu no colapso da Torre dei Conti, em Roma, na última semana.
“É um direito humano ter um trabalho digno que permita sustentar a família”, respondeu o Papa, reiterando sua preocupação com a segurança e afirmando que a celebração do Jubileu também visa “oferecer um pouco de esperança e tentar unir forças para encontrar soluções, em vez de apenas discutir os problemas”.
Antes de voltar ao Vaticano, Leão XIV comentou sobre o processo do ex-jesuíta Marko Ivan Rupnik, acusado de abusos por várias religiosas, reconhecendo que acompanha o debate sobre o futuro das obras do famoso mosaico, espalhadas por diversos locais religiosos.
“Em muitos lugares, devido à necessidade de ser sensível às denúncias dos que afirmaram ser vítimas, as obras de arte foram cobertas ou removidas de espaços públicos. Essa questão é, com certeza, algo que estamos acompanhando”, esclareceu.
O Papa mencionou que um novo processo foi iniciado no Dicastério para a Doutrina da Fé, reconhecendo que isso requer “muito tempo”.
“Sei que é muito difícil para as vítimas pedirem paciência. Mas a Igreja deve respeitar os direitos de todos. O princípio da presunção de inocência até prova em contrário também se aplica à Igreja. Esperamos que esse novo processo possa trazer clareza e justiça para todos os envolvidos”, desejou.
OC
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